Faltam US$ 426 milhões para o Programa Mundial de Alimentos poder continuar suas operações no país; neste mês, a agência começou a entregar assistência de emergência em regiões próximas à fronteira com Tigray.
O Programa Mundial de Alimentos, PMA, está enfrentando uma lacuna sem precedentes de US$ 426 milhões para suas operações na Etiópia. Nesta terça-feira, a agência fez um apelo financeiro para poder alcançar 12 milhões de pessoas ainda este ano.
O PMA lembra que o conflito no norte da Etiópia já levou 300 mil pessoas a abandonarem suas casas e colocou 1,7 milhão a mais de civis à beira da fome nas províncias de Afar e Amhara.
Piora da insegurança alimentar
Neste mês, o PMA começou a entregar assistência alimentar de emergência para comunidades que vivem na fronteira com Tigray. Em coordenação com o Governo da Etiópia, a agência planeja entregar comida imediatamente para 530 mil pessoas em Afar e para 250 mil em Amhara.
Mas em Tigray, a inseguraça alimentar continua piorando. O PMA enfrenta desafios para reforçar os trabalhos na região e conseguir atender 5,2 milhões de pessoas que precisam de assistência.
Primeiro comboio em duas semanas
Os estoques de comida da agência e de parceiros em Tigray estavam no fim quando um comboio conseguiu entrar na área na segunda-feira. Foi a primeira vez em duas semanas que 100 caminhões, carregando 3,5 mil toneladas métricas de comida, chegaram na região. O comboio levou também combustível, medicamentos e outros itens essenciais.
O diretor-regional do PMA na África Oriental, Michael Dunford, declarou ser preciso fazer mais, ou então a agência corre o risco de não conseguir entregar comida suficiente para salvar milhões de pessoas da fome.
Com a entrada do comboio, as equipes humanitárias já começam a distribuir comida em Tigray e a meta é alcançar 3 milhões de pessoas na região. Além dos problemas no norte do país, a agência explica que toda a Etiópia está sob risco devido a falta de verbas para ajuda alimentar.
São mais de 13,6 milhões de etíopes enfrentando insegurança alimentar devido aos efeitos prolongados da seca, das cheias, das invasões de gafanhotos, da alta do preço nos alimentos e da pandemia de Covid-19.
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