- Em discurso na avenida Paulista, o presidente Jair Bolsonaro subiu o tom nesta terça-feira, 7, contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), repetiu ameaças golpistas e desafiou investigações contra ele em curso na Justiça: “Digo aos canalhas que nunca serei preso”.No discurso, Bolsonaro também voltou a atacar o sistema eleitoral brasileiro, com citações diretas ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso. Na fala, ele cobrou o uso do voto impresso na eleição de 2022, embora o tema já tenha sido objeto de PEC derrotada no Congresso Nacional.
- Bolsonaro discursa para apoiadores na avenida Paulista no 7 de setembro (foto: Miguel Schincariol/AFP)
- “Não podemos admitir um sistema eleitoral que não oferece qualquer segurança por ocasião das eleições. E dizer que não é uma pessoa do TSE que vai nos dizer que esse processo é seguro e confiável”, disse.
- Na fala, o presidente disse ainda que não cumprirá mais decisões do ministro Alexandre de Moraes. Citando o ministro do STF pelo nome e o chamando de “canalha”, Bolsonaro cobrou que ele “se enquadre ou peça para sair”.
- “Nós devemos sim, porque eu falo em nome de vocês, determinar que todos os presos políticos sejam postos em liberdade. Alexandre de Moraes, esse presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou”, disse, no segundo discurso em atos antidemocráticos registrados em todo o país em alusão ao 7 de setembro.
- Mais cedo, durante discurso na Esplanada dos Ministérios, Bolsonaro já tinha feito críticas semelhantes a Moraes, mas sem citar o ministro diretamente. Na ocasião, ele chegou a cobrar que o presidente do STF, ministro Luiz Fux, “enquadrasse” o colega. (O Povo).
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