O vice-governador João Leão, presidente do PP na Bahia, vai almoçar na segunda-feira (13) com os deputados Alex Santana (federal) e Samuel Júnior (estadual), que estão em processo de expulsão do PDT. Os dois parlamentares serão convidados a ingressar no ninho pepista. A informação foi confirmada pelo próprio Leão em entrevista hoje (11) ao site Toda Bahia.
“Segunda almoço com eles para definir a nossa vida. Eles podem vir para o PP. É bastante possível”, disse o vice-governador, que há dois dias está em Alagoas visitando usinas sucroalcooleiras.
Leão afirmou que não há problemas nos dois deputados serem bolsonaristas, o que motivou, inclusive, a abertura do processo de expulsão do PDT. Na Bahia, o PP pretende apoiar a candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), independentemente da posição nacional da legenda – que faz parte da base do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – ou do vice-governador disputar o Palácio de Ondina em 2022 em uma chapa sem os petistas.
“Temos uma posição de independência e conversamos com todo mundo. O que a gente quer é construir pontes. Temos conversado com vários deputados e queremos um PP forte para 2022, tanto na chapa majoritária, com minha candidatura a governador, quanto na proporcional”, declarou Leão.
Alex Santana confirma conversas
Procurado pelo Toda Bahia, Alex Santana confirmou o almoço com Leão e a procura por um novo partido. “Com esse processo exposto do PDT, embora eu não tenha sido notificado oficialmente, passamos a conversar com várias pessoas. Eu e Samuel Júnior precisamos nos movimentar”, afirmou.
“Sobre o PP, tenho uma relação boa com o presidente da Câmara Federal, Arthur Lyra (AL), que é do partido. Também tenho uma relação boa com o deputado federal Cacá Leão, que é líder. Assim como Samuel Júnior tem aproximação com o deputado estadual Nelson Leal, também do PP. Mas por enquanto são só conversas”, acrescentou.
Questionado se a aproximação do PP da Bahia com Lula seria obstáculo para uma filiação, Alex Santana ressaltou que teria dificuldades em apoiar o ex-presidente. “Eu não apoio Lula, tenho essa dificuldade. É algo a ser avaliado, inclusive como vai ser a posição nacional do PP, que hoje faz parte da base (de Bolsonaro)”.
Alex Santana contou que também vai conversar com o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), sobre o novo destino partidário. “É outro caminho que poderemos seguir”.
Processo de expulsão
Na última quarta-feira (08), o presidente do PDT baiano, deputado federal Félix Mendonça Júnior, anunciou no Twitter que o partido abriu um processo de expulsão contra Alex Santana e Samuel Júnior por infidelidade partidária. Os dois nunca esconderam que são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro – Alex costuma, inclusive, votar contra as orientações partidárias e a favor do governo na Câmara.
Félix disse ainda que a Executiva nacional do PDT deve pedir o mandato dos dois deputados, que são pastores da Igreja Assembleia de Deus, instituição cujo comando também tem simpatia ao projeto conservador do presidente da República. Se houver uma decisão favorável ao comando nacional pedetista neste sentido, os deputados seriam substituídos pelos suplentes.
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