Pnud Lebanon/Dalia Khamissy
Uma cooperativista síria planta sementes no viveiro de agricultores em Akkar, no norte do Líbano
Mais de 1 bilhão de afiliados estão envolvidos no setor que concentra 280 milhões de trabalhadores; Nações Unidas elogiam modelo que promove produção de riqueza, combate à pobreza e incentiva a igualdade.
Com as atenções para a vida após a pandemia, celebra-se este 3 de julho o Dia Internacional das Cooperativas.
O lema das comemorações é “Reconstruir melhor juntos” para ressaltar valores como solidariedade, resiliência e oportunidades de um setor promovendo uma “recuperação centrada nas pessoas e ambientalmente justa”.
Serviços sociais
Mais de 1 bilhão de afiliados são chamados a mostrar como têm lidado com a crise causada pela Covid-19. Eles atuam em esferas como saúde, agricultura, produção, varejo, finanças, habitação, emprego, educação, serviços sociais e outras.
As Nações Unidas estimam que 12% dos habitantes do planeta estejam integrados em 3 milhões de cooperativas existentes no mundo. Calcula-se que as 300 maiores entidades deste ramo faturem US$ 2.034,98 bilhões.
Os dados indicam que cerca de 280 milhões, ou 10% da população empregada, sejam absorvidos pelas cooperativas.
Esta é uma das razões que levam à promoção deste modelo de negócios centrado no ser humano e sustentado pela autoajuda e na solidariedade, além de se dedicar à responsabilidade social e às comunidades beneficiárias.
Impactos
Para o setor cooperativo, estes princípios podem ajudar a reduzir a desigualdade, criar prosperidade compartilhada e responder aos impactos imediatos da pandemia.
Este tipo de movimento integra associações e empresas orientadas a melhorar a vida dos cidadãos, contribuindo ao mesmo tempo para o avanço econômico, social, cultural e político em níveis local e nacional.
As cooperativas também são reconhecidas como “atores importantes e distintos nos assuntos internacionais”.
A ONU realça que a ação das cooperativas permite criar riqueza, eliminar a pobreza promover a igualdade e está comprometida com o desenvolvimento comunitário sustentável nos campos ambiental, social e econômico.
Economia
Uma das recomendações é que a globalização se inspira neste modelo econômico e social orientado “pelo conjunto de valores como os do movimento cooperativo”. Caso contrário, o processo agudizaria desigualdades e excessos que o tornariam insustentável.
Esta forma de organização considerada democrática, localmente autônoma, mas internacionalmente integrada, se destaca pela autoajuda e responsabilidade própria em cumprir metas que vão além da vertente econômica.
As cooperativas também se realçam nas áreas social e ambiental em ações como superação da pobreza, garantia de empregos produtivos e incentivo à integração social.
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