Olá!
Uma brincadeira comum ouvida no Congresso é que Jair Bolsonaro abandonou o presidencialismo de coalizão – a prática aperfeiçoada especialmente após o governo Fernando Henrique Cardoso de formação de ampla aliança partidária em troca de cargos e verbas – pelo "presidencialismo de colisão". Traduzindo a brincadeira, Bolsonaro, em vez de conseguir dar uma nova solução política ao entendimento com o Congresso, afastou a todos com brigas desnecessárias.
Até quando isso começou a pesar sobre ele mesmo. Ameaçado por mais de uma centena de pedidos de impeachment, com dificuldades para conseguir avançar suas pautas no Parlamento, Bolsonaro foi cedendo cada vez mais. Hoje, ele precisaria mudar a paródia que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, fez na campanha sobre o samba de Bezerra da Silva. Agora, "se gritar pega Centrão, entra mais um, meu irmão".
Esta semana, o próprio Bolsonaro admitiu que as vicissitudes do governo o fizeram rever essa necessidade de aproximação. Que se consubstancia com a posse do senador Ciro Nogueira (PP-PI) na Casa Civil da Presidência.
O Congresso em Foco reforça essa mudança de atitude com reportagem que seleciona vídeos em que o mesmo Bolsonaro outrora criticou o Centrão de Ciro Nogueira e associou o grupo à corrupção. E mostra que se a colisão prossegue ela talvez se associe mais à lógica interna do governo. Do grupo inicial que tomou posse com o presidente, metade já deixou a Esplanada dos Ministérios.
Abraço,
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