Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apresentar sem provas, em sua live semanal, nesta última quinta-feira (29/7), supostos "indícios" para mostrar que o sistema eleitoral brasileiro é suscetível a fraudes, partidos e parlamentares de oposição reagiram. Mais cedo, ele havia prometido "uma bomba".
De acordo com o Estado de Minas, uma das linhas utilizadas por Bolsonaro aponta que ele poderia ter vencido o pleito presidencial de 2018 já no primeiro turno. Para embasar a ideia, foram mostrados vídeos de cidadãos reclamando do fato de não terem conseguido validar votos no 17, número do PSL (a antiga legenda do presidente).
Para o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), as ditas provas apresentadas por Bolsonaro representam "ataques diários" ao regime democrático.
"Não sei o que é pior: um presidente tão estúpido que acredita em teorias conspiratórias de WhatsApp ou um tão canalha que inventa as teorias conspiratórias de WhatsApp. No final das contas dá no mesmo, são ataques diários contra a democracia. É uma doença que vamos curar no voto", afirmou, pelo Twitter, o parlamentar.
Outro caso citado pelo presidente trata da eleição de 2014, entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Ele colocou em xeque suposta alternância entre os candidatos na liderança da apuração. Bolsonaro comparou o revezamento no topo ao "cara ou coroa".
O PSDB, no entanto, refutou categoricamente a narrativa de Bolsonaro. Segundo nota assinada pelo presidente da legenda, Bruno Araújo, o chefe do poder Executivo "ofereceu um festival de argumentos constrangedores e patéticos".
"O máximo que conseguiu é deixar a sociedade perplexa com o nível das bizarrices apresentada. Prova mesmo é que temos um presidente dado a paranoias e teorias da conspiração. O PSDB segue confiando no sistema eleitoral brasileiro", lê-se em trecho do comunicado.
O Psol também lamentou o conteúdo da transmissão presidencial. "A 'live bomba' de Bolsonaro é uma piada desmoralizante de mau gosto".
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