Foto: FAO/ Alessandra Benedetti
O preço das principais commodities alimentares teve a primeira queda em um ano, de acordo com um relatório divulgado esta quinta-feira pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO.
O Índice de Preço dos Alimentos da FAO foi de 124,6 pontos em junho, sendo 2,5% menor do que os valores registrados em maio. Ainda assim, o índice foi quase 34% mais alto do que os níveis de junho do ano passado.
Óleo de Palma
Todos os meses, a FAO faz um balanço dos preços das commodities de alimentos mais comercializadas no mundo, como açúcar, laticínios, carnes, cereais e oleaginosas.
Houve redução no valor de transação comercial dos óleos de palma, de soja e de girassol. Com isso, o índice de preço das oleaginosas caiu 9,8% em junho.
Açúcar do Brasil
No setor dos cereais, houve redução moderada, de 2,6%, sendo a principal queda, de 5%, registrada no preço internacional do milho. Segundo a FAO, isso foi um reflexo das colheitas de milho na Argentina, que foram mais volumosas do que o previsto.
A agência da ONU destaca o Brasil, o maior exportador mundial de açúcar. Incertezas sobre as condições do clima colocaram pressão sobre o preço do açúcar, que acabou subindo 0,9% em junho, a terceira alta consecutiva mensal.
Pandemia
Outro setor que também apresentou ligeira alta foi o das carnes. O índice subiu 2,1% no mês passado. Já os laticínios, principalmente a manteiga, tiveram queda de 1%, devido ao declínio na demanda global e a um leve aumento de estoques.
A FAO também atualizou suas previsões sobre a produção global de cereais para 2021, que deverá ser de 2,8 bilhões de toneladas. Segundo a agência, é esperado “um grande corte na produção de milho no Brasil, além de períodos prolongados de seca”.
Outro destaque da FAO vai para os efeitos da pandemia de Covid-19, que fez aumentar os níveis de insegurança alimentar devido ao fato de que muitas pessoas sofreram perdas nos seus rendimentos.
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