quinta-feira, 15 de julho de 2021

Covid-19 na África: variante Delta aumentou mortes em 43% numa semana BR

 

                                                                  FMI/James Oatway

Escritório da OMS na região chama a atenção para trajetória destrutiva na terceira onda; abaixo de 3% da população apanhou pelo menos uma dose da vacina; atualização na Américas ressalta Brasil por baixar infecções, hospitalizações e mortes. 

A variante Delta está presente em 21 países africanos e já causou uma alta semanal de 43% nas mortes de Covid-19 no continente. 

Esta quinta-feira, a diretora da Organização Mundial de Saúde, OMS, para a África ressaltou que a terceira onda do novo coronavírus é marcada pelo ressurgimento sem precedentes de casos que chamou de “trajetória destrutiva”. 

Vacinação 
Matshidiso Moeti lembrou que, em junho, a região teve mais 1 milhão de casos. O salto para essa cifra ocorreu em período mais curto. Esta semana, o continente atingiu 6 milhões de casos de Covid-19, em meio à redução da taxa de vacinação.

Criança usa máscara em Joanesburgo, na África do Sul.
Unicef/Shiraaz Mohamed
Criança usa máscara em Joanesburgo, na África do Sul.

 

Para Moeti, a alta impulsionada pela variante Delta ceifa vidas de uma forma brutal. Os já sobrecarregados sistemas de saúde da região estão cedendo à pressão da Covid-19. 

A representante disse que aumentaram as internações hospitalares em cerca de 10 países. Pelo menos cinco deles, incluindo África do Sul, Namíbia e Zâmbia, estão enfrentando escassez de leitos de unidades de tratamento intensivo, UTI. 

Ela acrescentou que a produção de oxigênio continua sendo a “prioridade número um para os países africanos.” 

“Quadro Misto” 

África administrou uma dose da vacina contra a Covid-19 a menos de 3% da população total. A presença da variante Delta pode se tornar uma “mistura tóxica”, alertou o chefe do Programa de Emergências da OMS, Michael Ryan.

Fora do continente, as Américas relataram quase 74 milhões de casos e 1,9 milhões de mortes pela Covid-19. O número total corresponde a mais de um terço de pacientes e acima de 40% das mortes globais. 

Nações da região central, incluindo El Salvador e Guatemala, têm os maiores aumentos. No Caribe, com destaque para que Cuba, foi relatado o maior número de notificações em uma semana desde o início da pandemia.  


A Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, alertou que nas Ilhas Virgens Britânicas os casos triplicaram após a reabertura dos navios de cruzeiro. No México e nos Estados Unidos, as infecções estão em alta. 

Atualmente, se observa um “quadro misto” da pandemia na região, com uma diminuição geral de novas notificações em quase 20% verificada na semana passada.  

Brasil  

Uma redução de infecções, hospitalizações e mortes é observada em países como “Brasil, Peru, Uruguai e Chile” tal como em grande parte da América do Sul.  

A diretora-geral da Opas, Charissa Etienne, alertou para a subida de casos na Argentina e Colômbia, como situações que levantam preocupações sobre “a capacidade do sistema de saúde de lidar com 98% dos leitos de UTI já em uso”.  

Nesta quinta-feira, o Haiti o recebeu meio milhão de vacinas doadas pelos Estados Unidos por meio da Covax, liderado pela OMS. A chefe da Opas reiterou o compromisso de apoiar o povo haitiano em sua luta contra a doença. 

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