"Em Brasília ele é Bolsonaro, mas quando chega aqui, diz que não tem nada com o presidente". A declaração é do deputado estadual Robinson Almeida (PT), convidado do Linha de Frente, conteúdo de política do Grupo Aratu, nesta terça-feira (20/7), sobre o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). O parlamentar conversou, também, sobre pacto federativo, seu trabalho na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), eleições 2022 e política local e nacional.
Sobre a provável disputa entre o presidente nacional do Democratas, ACM Neto, e o senador Jaques Wagner (PT), para Governo do Estado, em 2022, o deputado acredita que será uma eleição muito concorrida. "A eleição presidencial influencia muito. Wagner foi eleito em 2006 porque Lula foi presidente e criou condições de montar um palanque forte na Bahia. E agora Lula será um elemento fundamental na disputa de 2022, então acredito que haverá uma polarização na Bahia. O ex-prefeito de Salvador é presidente do DEM, tem dois ministros com Bolsonaro, então em Brasília ele é Bolsonaro. Mas quando chega aqui, diz que não tem nada com Bolsonaro", disse.
O deputado comentou a acusação milionária feita pelo colega Capitão Alden (PSL), envolvendo a Prefeitura de Salvador, que o levou até o banco do Conselho de Ética da Alba. "Ele acusou seus próprios colegas e foram seus colegas que entraram com representação para que o Conselho de Ética apurasse a acusação. Ele não sustentou a afirmação, nem provou. Eu acho muito grave, não posso fazer acusação que eu não posso provar. Sou uma referência para pelo menos as pessoas que me escolheram, não se pode falar o que quer, sem comprovar. Espero uma punição adequada".
Ele falou, também, sobre a força das fake news na política. "É um desafio contemporâneo. Ela sempre existiu, mas não era uma mentira divulgada em massa, era chamada de boatos e ninguém levava a sério. Agora, cada indivíduo tem sua audiência e usa isso para o bem e para o mal. O presidente foi eleito com uma base de fake news que ninguém nunca tinha visto antes. Até hoje as pessoas recebem uma informação, não checam e reproduzem largamente. As fake news têm força porque se identificam com o sentimento de quem as reproduz. Só uma boa informação, o bom jornalismo, para diminuir. Acabar eu não acredito".
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