terça-feira, 20 de julho de 2021

"Kelly Cyclone": execução da "Kannariana" completa 10 anos sob muito mistério; relembre Creditos da foto:arquivo pessoal









"Kelly Cyclone": execução da "Kannariana" completa 10 anos sob muito mistério; relembre

No colorido das camisas do Salvador Fest de 2011, uma roupa da seleção Argentina de futebol chamava a atenção. Vestida nela, uma mulher então com 21 anos curtia o show do ídolo e cantor Igor Kannário, da banda "A Bronkka".

A jovem não sabia, mas aquelas seriam suas últimas horas com vida. Mais tarde, a camisa branca e azul se misturava ao sangue, provocado por ferimentos a bala e faca no centro de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. Morria ali, na madrugada do dia 18 de julho, Kelly Sales Silva, a "Kelly Cyclone". 

Ostentando uma vida de armas no Orkut, Kelly já era conhecida por boa parte do público baiano e inspirava meninas como Carla Nadiele Moreira da Silva, a "Carlinha do Laço", executada em 2015 na Fazenda Grande do Retiro.

Além disso, o sucesso da jovem - apelidada pela marca de roupas que sempre vestia -, era tanto que se ventilava, em 2011, a uma corrida eleitoral por uma cadeira na Câmara de Lauro de Freitas. Não deu tempo. 

Kelly estava a bordo de um carro quando foi esfaqueada e baleada, em circunstâncias até hoje não reveladas. Acabava ali a vida da mulher que, em pouco tempo, foi apelidada de "Patroa do Tráfico". Mas quem mandou matar a jovem? Hoje, 10 anos depois, o que aconteceu com eles? O que a Polícia Civil sabe sobre isso? São respostas abertas. 

O caso foi apurado pela 23ª Delegacia Territorial (DT/Lauro de Freitas). Encontrados com drogas e armas, os irmãos Emerson Cosme Anjos dos Santos, então com 26 anos, e Ericson Anjos dos Santos, na época com 28, foram apontados no inquérito como autores do homicídio. Mas o envolvimento dos dois com o mundo das drogas - afinal ambos possuem passagens por tráfico de acordo com o sistema do MP da Bahia - não foi o suficiente para convencer o Tribunal de Justiça da Bahia ou até mesmo o Ministério Público, que pediu a absolvição. 

A motivação do assassinato também ainda é nebulosa. Na época em que pediu a prisão de Emerson e Ericson, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia disse que uma traição colocou Kelly no alvo do crime. A SSP ressaltou que a mulher teria traído seu namorado, um traficante apelidado de Tony - parceiro dos dois irmãos - com o filho de um policial. Mas nada foi comprovado oficialmente. 

Kelly foi homenageada pelo cantor Igor Kannário meses depois durante um show, disponível no YouTube. "Kelly Cyclone eternamente", grita o cantor sobre o palco. 

 

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