quarta-feira, 4 de novembro de 2020

‘Não somos uma democracia’: o que revela o tuíte de um senador nos EUA Quatro anos atrás, os EUA embarcaram na loucura de Trump. Os americanos estão há tanto tempo no escuro que é difícil saber qual o caminho para sair dali.

NESTE MOMENTO SURREAL e apocalíptico, quando a melhor repórter investigativa cobrindo a seita da morte estilo David Koresh que está na Casa Branca é a adolescente Claudia Conway, de 16 anos, no TikTok, contando tudo enquanto luta para manter sua mãe fanática por Trump sob controle, é hora de fazer um balanço dos EUA.


Terroristas fortemente armados tinham planos para sequestrar a governadora do Michigan; enquanto isso, o presidente Donald Trump, doente com covid-19 e provavelmente dopado com um coquetel de esteroides e drogas experimentais; tentou jogar a culpa nela. O presidente dos EUA chama soldados americanos que morreram na guerra de “fracassados e otários”. Uma fanática antiaborto que foi uma “serva” no People of Praise, um grupo dissidente de cristãos carismáticos, foi indicada para a Suprema Corte por um homem acusado de má conduta sexual por mais de duas dezenas de mulheres. A indicada, Amy Coney Barrett, é a convidada de honra sem máscara de um evento foco de covid-19 no Rose Garden da Casa Branca, e pode estar a apenas algumas videochamadas de derrubar o Roe versus Wade.


É aqui que estamos agora.

Quatro anos atrás, os EUA entraram na loucura de Trump. Agora estamos há tanto tempo no escuro que é difícil ver um jeito de sair disso. Trump quer nos manter assim: uma nação catatônica, eternamente à beira de um colapso psicológico.


Os traços mais perigosos de Trump são sua absoluta falta de vergonha e sua habilidade patológica de empregar a Grande Mentira — a arma do autocrata. Ele vive repetindo mentiras e teorias da conspiração, o que leva a imprensa dócil e o público confuso a falar sobre elas, e assim distrai os americanos de suas ações escandalosas e possivelmente criminosas. Ele baseou toda sua presidência em teorias da conspiração, confundindo a imprensa que vem tentando cobrir seu mandato como se ele fosse um presidente normal. Os jornalistas mais desesperados de Washington são os checadores de fatos que contam as mentiras de Trump, quando é óbvio que quase tudo que sai da boca dele é mentira. Margaret Sullivan, crítica de mídia do jornal Washington Post, escreveu este mês que “a história definidora desta era é a recusa do jornalismo mainstream em negar um megafone gigante para Trump sempre ele levanta a mão”.

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