segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Manuela D’Ávila recebe apoio do Psol para derrotar velha direita O Psol anunciou nesta segunda (16) apoio à candidatura de Manuela D’Ávila (PCdoB) para o segundo turno



 
PSOL fecha apoio a Manuela em Porto Alegre | Foto: Danilo Christidis


Em coletiva de imprensa transmitida ao vivo pelas redes sociais na tarde desta segunda-feira (16), o Psol anunciou apoio à candidatura de Manuela d’Ávila (PCdoB) e Miguel Rossetto (PT) à prefeitura de Porto Alegre, um reforço fundamental para a luta, no segundo turno, contra a direita e contra aqueles que se revezaram no Paço Municipal nos últimos anos. O anúncio foi feito por importantes lideranças do partido, entre elas a deputada federal e candidata no primeiro turno, Fernanda Melchionna e a deputada estadual Luciana Genro.

O Psol concorreu no primeiro turno com a deputada federal Fernanda Melchionna e o vice Márcio Chagas e elegeu quatro vereadores, entre os quais os dois mais bem votados — Karen Santos e Pedro Ruas — e o quinto, Matheus Gomes.

“Ainda bem que o povo de Porto Alegre demitiu Marchezan, não levando para o segundo turno o pior prefeito da nossa história. Mas, a luta na capital ainda não está completa. Ao contrário. Enfrentamos a extrema-direita, conseguimos, com a luta política, derrotar o Marchezan. Mas, ainda há representantes da velha direita expressos na candidatura de Sebastião Melo (MDB), com partidos que governaram 16 anos a capital, atacando servidores, fazendo negociatas com os cargos de confiança, colocando nos ralos da corrupção recursos tão importantes para o nosso povo e esse projeto político precisa ser derrotado”, disse Fernanda.

Ela destacou ainda que neste segundo turno, “o Psol está comprometido em batalhar para derrotar a velha direita”, elencando a luta contra a retirada de direitos dos servidores, a criação de uma empresa pública para o Imesf, o combate ao feminicídio e à violência contra a mulher, a luta antirracista, entre outras questões importantes para a cidade. “Queremos dizer, oficialmente, que nós, do Psol, estaremos, no segundo turno, empenhados em derrotar a velha direita, te apoiar e fazer com que esse projeto saia vitorioso das urnas”, declarou, dirigindo-se a Manuela.

Luciana Genro, deputada estadual e dirigente do Psol, disse que o partido deve “fortalecer a candidatura da Manuela e do Rossetto e ajudá-los a ganhar essa eleição porque sabemos que do outro lado estão as forças políticas mais retrógradas, reacionárias, que vão se unir em torno da candidatura do Melo”.

Esperançar PoA

Ao final, Manuela falou sobre o cenário político nacional e de Porto Alegre e sobre a importância do apoio do Psol.  “Porto Alegre apontou nas urnas que quer outro caminho, um caminho diferente”, disse, completando: “sabemos que teremos, no segundo turno, que mostrar para a população que só existe um caminho diferente do atual. Só existe um caminho que não é pactuado com o que aconteceu na última década na cidade. Porto Alegre é governada pelos mesmos há 16 anos”.  Nosso desafio, disse, “é mostrar para a população que se ela quer mesmo construir um outro caminho, só existe uma alternativa: eu, o Miguel e o que nós representaremos juntos.

Para a candidata, o apoio do partido “é importante para que a gente mostre para a cidade que sim, há razão para votar; que pode ser diferente; que a política pode ser um instrumento para transformar a vida das pessoas e que essa transformação é paupável”.

Manuela destacou que “precisamos esperançar a nossa cidade e mostrar que a política não precisa ser feita com os velhos acordos e conchavos. E por isso nos honra que nós recebamos um apoio comprometido programaticamente como este. Estamos muito felizes com esse apoio e o recebemos com o significado real que ele tem: juntos e juntas poderemos vencer as eleições e transformar Porto Alegre”.

Consequências da pandemia

Ao falar sobre o contexto nacional em que a eleição ocorre, Manuela lembrou: “Atravessamos um momento muito difícil do nosso país. Politicamente, com o Bolsonaro, mas também por vivermos a pandemia atravessados pelo governo Bolsonaro. A pandemia encontra o Brasil e Porto Alegre com um solo muito fértil; talvez não houvesse solo mais fértil para florescerem as consequências nefastas da pandemia”.

Ela apontou como questões urgentes o enfrentamento da fome, da miséria e das desigualdades. “Temos hoje, em Porto Alegre, mais de 220 mil pessoas que vivem com a renda emergencial. E em 1º de janeiro, essas pessoas podem deixar de receber. É sobre isso que se trata”.

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