segunda-feira, 4 de abril de 2016

Saiba como contornar a alta dos remédios Reajuste de 12,5% no valor de medicamentos superou a inflação oficial (IPCA) acumulada em 12 meses, que ficou em 10,36% no mês de fevereiro

Saiba como contornar a alta dos remédios Roni Rigon/Agencia RBS
O reajuste de até 12,5% nos preços dos medicamentos, autorizado pelo governo federal, recomenda pílulas de cautela e planejamento a quem for às farmácias. Pela primeira vez em 10 anos, o reajuste dos remédios irá superar a inflação oficial (IPCA) acumulada em 12 meses, que ficou em 10,36% em fevereiro – além da inflação, as oscilações do câmbio e o aumento expressivo da energia elétrica influenciaram no salto dos preços de 19 mil remédios.
Órgãos de defesa do consumidor e consultores financeiros orientam a população a fazer uma busca por descontos em farmácias das mesmas redes ou entre concorrentes e exigir que médicos informem o princípio ativo do medicamento para buscar genéricos. Além disso, dentre estes, é possível encontrar preços diferentes conforme o laboratório, orienta Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da associação de consumidores Proteste.
Um bom caminho para economizar é utilizar um dos medicamentos que constam da lista do Programa Farmácia Popular, oferecidas por diversas farmácias e drogarias que participam da iniciativa, diz Maria Inês. A sugestão é procurar por cartazes expostos nos estabelecimentos mostrando que fazem parte do programa.
– Para obter esses descontos, é preciso que o paciente leve a receita e tenha em mãos o CPF. Também há programas dos governos estaduais e municipais que subsidiam o tratamento com remédios – lembra a coordenadora.
Segundo Cauê Vieira, diretor do Procon em Porto Alegre, ao passo que se busca ofertas, também é preciso estar atento a descontos exagerados, que podem indicar uma medicação que foi mal armazenada ou que esteja próxima do final do prazo de validade.
– O consumidor deve verificar a data de vencimento na caixa do produto e também na cartela – recomenda Vieira.
Embora a indústria e as próprias redes tenham informado que a alta não seria imediata, em razão dos estoques no varejo, os consumidores já enfrentam dificuldades para encontrar as variedades mais comuns, conforme a Proteste. De acordo com o diretor executivo do Procon, é preciso se precaver contra abusos na correção dos preços, servindo-se de notas em compras anteriores, anúncios ou outras formas de controle. Se o consumidor verificar aumentos muito acima dos previstos, pode encaminhar denúncia nos Procons, afirma.

COMO ECONOMIZAR NA COMPRA

Pesquise em diferentes redes de farmácias e drogarias e não deixe de pechinchar. Há diferenças inclusive dentro da mesma rede, de uma loja para outra.

Peça para seu médico receitar o medicamento pelo nome do princípio ativo, e não pela marca. Assim, será mais fácil verificar a existência de genéricos e optar pelo mais barato.

Não deixe de pesquisar preços de genéricos fabricados por diferentes laboratórios.

Informe-se se o medicamento que precisa é oferecido pelo Programa Farmácia Popular, que dá descontos de até 90%. As variedades servem para hipertensão, diabetes, asma, rinite, Parkinson, osteoporose, glaucoma e no tratamento de dislipidemia. Também há contraceptivos e fraldas geriátricas para incontinência.

Para quem tem doença crônica, outra forma de economia é a adesão a programas de fidelização de laboratórios. Eles podem ser contratados pelo site das empresas ou por um telefone 0800, identificado nos rótulos dos produtos.

• Fonte: Proteste e Procon-Porto Alegre

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