Sede da PJC em Cuiabá - Foto: Divulgação
As Polícias Civil e Militar realizam na manhã desta terça-feira (26) a Operação Mercenários, que visa o cumprimento de 17 ordens judiciais de envolvidos em assassinatos registrados nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. A ação é um desdobramento de investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Até agora seis policiais já foram presos e prestam depoimento da DHPP. Outros seis vigilantes, além de dois mandantes tmbém foram pegos pela polícia.
Várias pessoas já morreram em decorrência de grupos de extermínio. Em Várzea Grande e na Capital, pelo menos duas chacinas já ocorreram e tiveram como executores os grupos que sempre tem o mesmo “modus operandi”. Coberto com capuz, eles entram em lugares como estabelecimentos comerciais (bares) ou em residências onde aglomeração de suspeitos e frequente. Sem dizer uma só palavra eles abrem fogo contra as pessoas.
Diversas armas supostamente empregadas em crimes já foram apreendidas, assim como um veículo. A ação teve início por volta das 6h e as ordens são cumpridas principalmente no bairro Cristo Rei, alvo de inúmeros crimes que possuem o mesmo modo de atuação.
Entre os presos estão seis policiais militares, seis vigilantes, dois informantes, dois homens identificados como mandantes e um apontado como intermediário entre o grupo e os contratantes. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal da Justiça de Várzea Grande.
Com os suspeitos foram apreendidas armas (espingardas calibre 12, pistolas 9 milímetros, revólveres) e munição, além balaclavas, coletes balísticos, placas de veículos, luvas, roupas camufladas e uniformes da PM.
As investigações são conduzidas desde o final de 2015 por uma força-tarefa constituída pela Sesp para apurar casos de homicídio com características semelhantes e considerados de "alta complexidade".
O trabalho, chefiado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), revelou que o grupo preso nesta manhã está vinculado a pelo menos cinco casos de homicídio ocorridos entre os dias 3 de março e 13 de abril em Cuiabá e Várzea Grande. A motivação, segundo as investigações, era meramente financeira e as vítimas não estavam necessariamente vinculadas a crimes.
Atualizada às 09h
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