FAO/Alessia Pierdomenico
Pelo Índice de Preços da FAO, o aumento foi de 4,8% se comparado a abril com a alta puxada por óleos vegetais, açúcar e cereais
Cesta básica aumentou 4,8% se comparada a abril e 39,7% em relação a maio do ano passado; índice da FAO chegou a 127,1 pontos; milho mais caro puxou preço dos cereais para cima em 6% desde abril.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, informa que o preço da cesta básica em maio teve uma alta veloz. Com isso, os alimentos podem sofrer o maior encarecimento desde setembro de 2011.
Pelo Índice de Preços da FAO, o aumento foi de 4,8% se comparado a abril com a alta puxada por óleos vegetais, açúcar e cereais.
Foto: FAO/Alessia Pierdomenico
Derivados do leite também subiram 1,8% em maio com uma média de 28% acima do patamar de um ano atrás
Estados Unidos
O índice de 127.1 pontos representa 39,7% acima do registrado em maio de 2020. A escala do valor cobrado pelos cereais teve um acréscimo de 6% em abril com a alta do preço do milho, que foi de 89,9% acima da média dos últimos três anos. No fim do mês, houve uma queda no preço por causa de melhores perspectivas para a colheita nos Estados Unidos. No mercado internacional, o milho também teve uma leve queda ao contrário do arroz que manteve os patamares do mês anterior.
O óleo de palma e soja também subiu com a redução da produção no sudeste da Ásia. O setor de biodiesel espera uma demanda maior o que encareceu o óleo de soja.
ONU/M Kobayashi
No mercado internacional, o milho também teve uma leve queda ao contrário do arroz que manteve os patamares do mês anterior
Brasil
A preocupação com as colheitas reduzidas de cana-de-açúcar no Brasil elevou o preço do produto em até 6,8%, ainda que o aumento de produção na Índia tenha ajudado a atender a demanda. O Brasil é o maior exportador de açúcar do mundo.
E a carne continua subindo. Em abril, ela ficou 2,2% mais cara após a China aumentar suas importações, assim como a demanda interna por aves e carne de porco nas maiores regiões produtoras.
Os derivados do leite também subiram 1,8% em maio com uma média de 28% acima do patamar de um ano atrás.
OMS/Christopher Black
O Brasil é o maior exportador de açúcar do mundo
Previsão
Pela primeira vez, a FAO recebe a previsão para a produção de cereais este ano, que deve alcançar mais de 2,8 milhões de toneladas. O número representa um novo recorde de 1,9% a mais que em 2020.
A utilização global de cereais para 2021/2022 deve se expandir em 1,7% para 2,8 milhões de toneladas. O consumo total de cereais deve subir em linha com o aumento da população mundial. A expectativa da FAO é de um aumento de trigo para criação de animais.
Baseada nessas estimativas, a agência da ONU espera um alargamento nos estoques de cereais até o fechamento da sessão de colheitas 2021/2022 em 0,3% ou 811 milhões de toneladas.
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