Ricardo Salles vinha sendo pressionado a deixar o cargo em razão de investigações de que estaria ligado a um esquema de liberação do transporte de madeira ilegal na Amazônia. Ele, inclusive, é alvo de inquérito sobre isso e teve seus celulares apreendidos após operação realizada no dia 19 de maio. A demora para entregar os celulares chegou a motivar pedidos de que ele fosse preso e afastado do cargo, o que não se concretizou até que o próprio Salles pedisse demissão em acordo com Bolsonaro.
Na investigação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o objetivo é apurar crimes de corrupção e facilitação de contrabando de madeira para os Estados Unidos e para a Europa.
“Estima-se que o referido despacho, elaborado a pedido de empresas que tiveram cargas não licenciadas apreendidas nos EUA e Europa, resultou na regularização de mais de 8 mil cargas de madeira exportadas ilegalmente entre os anos de 2019 e 2020”, informou a PF na ocasião, justificando que a operação foi originada em denúncia de autoridades estrangeiras, que relataram problemas com as toras que chegavam a outros países.
Nos últimos dias, Salles vinha aparecendo cada vez mais ao lado do presidente e buscando apoios para a sua permanência. Sua saída, porém, já era esperada há semanas. (O Tempo).
Nenhum comentário:
Postar um comentário