Um apelo global para proteger crianças do trabalho é feito pela ONU neste 12 de junho, Dia Mundial contra o Trabalho Infantil.
Esta é a primeira realização da data desde a ratificação universal da Convenção Nº 182 da Organização Internacional do Trabalho, OIT, sobre as Piores Formas de Trabalho Infantil.
Problema
As Nações Unidas pedem a instituições, indivíduos, personalidades e governos para assumirem novos compromissos de acabar com o problema.
Para marcar a data, a ONU lança uma “Semana de Ação” para que seus parceiros possam demonstrar o progresso no cumprimento de suas “Promessas de Ação para 2021”.
O relatório “Trabalho Infantil: Estimativas Globais 2020, Tendências e Futuro”, divulgado nesse 10 de junho, revela que o número de crianças trabalhando aumentou 8,4 milhões nos últimos quatro anos.
Problema
Atualmente, uma em cada 10 crianças no mundo é vítima do trabalho infantil.
Ao todo, são 160 milhões de vítimas do trabalho infantil, a taxa mais alta em 20 anos. O recorde reverte os avanços feitos nas últimas décadas. Entre 2000 e 2016, a quantidade de crianças nessa situação havia caído para 94 milhões.
Por causa da Covid-19, cerca de 9 milhões de meninos e meninas correm risco de terem que trabalhar até o fim de 2022.
A meta 8.7 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU exige o fim do trabalho infantil em todas as suas formas até 2025.
Regiões
A África é a região mais afetada por este problema, tanto em porcentagem de crianças em trabalho infantil, cerca de 20%, como em número absoluto de crianças nessas condições, com cerca de 72 milhões.
© Unicef/Patrick Brown
Crianças trabalhando em uma mina em Kivu do Sul, na República Democrática do Congo
A Ásia e o Pacífico ocupam o segundo lugar, com 7% de todas as crianças, cerca de 62 milhões de meninos e meninas, vítimas desta prática.
Juntas, as regiões da África, Ásia e Pacífico respondem por quase nove em cada 10 crianças.
O problema afeta 11 milhões de menores nas Américas, 6 milhões na Europa e Ásia Central e 1 milhão nos países árabes.
Em termos de incidência, esses números representam 5% nas Américas, 4% na Europa e Ásia Central e 3% nos países árabes.
Embora a porcentagem de crianças seja mais alta em nações de baixa renda, os números totais são maiores nos países de renda média, onde a situação afeta 9% de todas as crianças.
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