A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na manhã desta quarta-feira (30/6) que a China conseguiu erradicar a malária, depois de 70 anos tentando combater a doença que é transmitida pelo mosquito Anopheles e que mata centenas de pessoas anualmente.
"A capacidade da China de se aventurar fora do caminho tradicional foi bem-sucedida na luta contra a malária e também teve importante efeito dominó em nível global", disse o diretor do programa global de malária da OMS, Pedro Alonso.
Segundo o comunicado, o país, que tinha 30 milhões de casos anuais na década de 40, não registrou um único caso local nos últimos quatro anos. A doença é apontada como a causadora da morte de mais de 400 mil pessoas em 2019, sobretudo na África.
"Felicitamos o povo chinês por ter livrado o país da malária", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus."A China junta-se ao número crescente de países que mostram que um futuro sem malária é possível", afirmou Adhanom, que atribuiu o êxito chinês a "décadas de ação focada e sustentada", concluiu.
Conforme a OMS, países que registraram três anos consecutivos sem transmissão local podem inscrever-se para obter a certificação que valida o estatuto de nação livre da malária. A China é o 40º território a obter essa validação da agência da ONU. Os últimos foram El Salvador (2021), Argélia, Argentina (2019) e Paraguai e Uzbequistão (2018).
A OMS constatou no seu relatório de 2020 que os avanços na luta contra a doença haviam estagnado, sobretudo nos países africanos, que apresentam as maiores taxas de contaminação e morte.
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