A escolha da deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) pelo novo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa, revoltou parlamentares da oposição. Kicis é alvo de investigação no inquérito sobre fake news, que apura ataques a membros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para ela, Constituição e Justiça não combinam com apologia a torturadores, ataques ao Supremo e à democracia. “Bia Kicis depôs por mais de 2 horas, como testemunha, na investigação conduzida pelo ministro Alexandre Moraes, do STF, que apura a participação de pessoas em atos antidemocráticos”, disse.
A Jandira Feghali (PCdoB-RJ) diz que não há compatibilidade. “É inaceitável que uma parlamentar que prolifera fake news, que desrespeita e debocha das normas de combate à Covid-19, que trabalha contra a democracia, SENTE NA CADEIRA DE PRESIDENTE DA CCJ!!!!!!!!!”, escreveu a deputada no Twitter.
Feghali lembrou ainda fatos recentes envolvendo a parlamentar. “Não tem arrego pra bolsonarista que ataca a democracia, ataca o STF, debocha da máscara, incentivou aglomeração em Manaus que gerou crise do oxigênio. Presidente da CCJ não!”, protestou.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) diz que a escolha é uma desmoralização para a Câmara. “Kicis é investigada no STF por disseminação de fake news, negacionista da pandemia, da vacina, entusiasta de atos antidemocráticos. Não tem nenhuma condição ética para presidir uma das principais Comissões da Casa”, afirmou.
“O lugar de Bia Kicis não é na CCJ, é no Conselho de Ética, sendo alvo de um processo de cassação por quebra de decoro por usar o cargo de deputada para sabotar o combate à pandemia, pedir intervenção militar e disseminar fake news”, defendeu o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ).
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