A Polícia Civil de Minas Gerais esteve nesta terça-feira (15), na clínica estética na região da Savassi, onde a cabeleireira Edisa de Jesus Soloni, de 20 anos, morreu após procedimento cirúrgico. Os agentes recolheram documentos, prontuários médicos e imagens do circuito de segurança.
O chefe do 1º Departamento de Polícia Civil em BH, delegado-Geral Wagner Sales, disse que eles estão empenhados para dar uma resposta para a sociedade. “Trata-se de um caso complexo que demanda uma investigação profunda e qualificada. A PCMG desde a ocorrência do fato vem trabalho intensivamente. Foi feita diligência em campo na busca de documentos para o inquérito policial. É um caso que merece toda atenção da PCMG para se verificar ou não possível caso de homicídio culposo, causado por erro médico”, disse.
Ele ainda acrescenta que “aguardamos a confecção do laudo de necropsia junto ao Instituto Médico Legal (IML), para que a investigação possa prosseguir, não só na produção de provas objetivas, como juntada de laudos, documentos, registros da clínica e da equipe médica, como também as provas subjetivas como declarações de pessoas da família, amigos e eventualmente outras pessoas que já tenham sido atendidas no local ou pelo médico para que possamos esclarecer de forma conclusiva o que de fato aconteceu”, disse.
O delegado Vinicius Dias, que coordena a investigação, relatou que a vítima chegou a ser socorrida para um hospital. “Conforme relatos, ela chegou na clínica na sexta pela manhã, realizou o procedimento e a partir daí teve um quadro de instabilidade após a cirurgia. Houve a intercorrência em virtude de uma reação fisiológica dela, não sabemos ainda se foi causada por medicamento, ou outro tipo de complicação cardíaca ou pulmonar. E como ela não tinha plano de saúde, a clínica solicitou através de uma ambulância o remanejamento dela para um hospital para ser atendida com um aparato maior”, detalhou.
Ainda segundo o delegado, a clínica tem autorização para fazer o procedimento para paciente com risco cirúrgico pequeno. “A informação já confirmada nos autos é que o risco cirúrgico dela era considerado moderado. Agora vamos analisar a questão do alvará, junto à prefeitura e com a vigilância sanitária para saber quais são os procedimentos que podem ser realizados pela unidade”, disse.
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