quarta-feira, 30 de setembro de 2020
Candidata a vereadora de Crateús aposta na tática “uma nude por um voto”
‘Ponto turístico’: A história por trás do ‘ônibus na parede’ na Antônio Carlos
Todo morador de Belo Horizonte, ou todo mundo que já passou pela avenida Antônio Carlos, já ficou curioso ao se deparar com um “ponto turístico” inusitado na região da Pampulha: um ônibus que, em vez de estar nas ruas, fica “pendurado” e preso em uma parede. A metade da frente do MOVE, exibida na fachada de uma empresa, intriga e diverte a população belo-horizontina com frases motivacionais “estampadas” no letreiro.
Não é de hoje que o ônibus chama atenção e faz alguns se questionarem: “Como ele foi parar lá?”. As brincadeiras sobre a instalação fazem sucesso nas redes sociais com várias especulações sobre a origem do MOVE que parece estar dentro da parede.
Nesse domingo (27), a página de humor “BH é Meu País” compartilhou um meme com uma teoria que “explica” como o ônibus teria ido parar lá: um portal de viagem no tempo que fechou enquanto o MOVE, enviado em 3050 para “salvar o futuro de BH”, tentava passar.
Brincadeiras à parte, além de divertir os fãs da página, a publicação rendeu comentários de belo-horizontinos que expressaram a curiosidade que sentem quando veem o famoso “ônibus da Antônio Carlos”. “Sempre tive curiosidade de saber a história desse ônibus”, comentou uma internauta. “Agora entendi como esse ônibus foi parar ali”, brincou outro morador de BH.
‘Patrimônio histórico’
“Monumento”, “patrimônio histórico”, “ponto turístico” e “ícone de BH” são alguns dos termos usados para descrever o curioso MOVE nas redes sociais. “Queria mandar um abraço pra Carvalho Peças Para Ônibus na Antônio Carlos Uma graça aquele ônibus preso na parede com mensagem motivacional todos os dias”, publicou um internauta belo-horizontino no Twitter. “Patrimônio histórico da cidade, meu Deus. Não tem uma vez que eu veja que eu não fique ‘PUTS, PERFEITO'”, comentou outro.
Trio conduzido com 3 mil pés de maconha em Casa Nova
Uma plantação de maconha com mais de três mil pés prontos para colheita foi incinerada, na manhã desta quarta-feira (30), por policiais da 25ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/ Casa Nova). Três homens que acampavam, no povoado de Serra Pimenta, na cidade de Casa Nova, foram conduzidos à delegacia.
Cidade Nova : Como sempre o desprezo tomam conta das ruas
Das lavagens de roupas por-exemplo as donas de casa acabam jogando a água suja em via publica como mostra essa imagem o desprezo é muito grande com essa população sofrida e desprotegidas pelos poderes públicos . Mais isso pode mudar a partir do momento em quê o povo começa a fazer as escolhas certas para eleger um representante para seu bairro.
Aqui está a pessoa certa para representar a Cidade Nova na Câmara dos Vereadores
terça-feira, 29 de setembro de 2020
Os impostos de Trump: mil escândalos em um
OS IMPOSTOS de Donald Trump, finalmente revelados pelo New York Times no domingo, não são um escândalo.
Em vez disso, eles são uma explosão de muitos escândalos, como uma enorme exibição de fogos de artifício no 4 de julho, o dia da independência dos EUA. Escândalos gigantescos, pequenos escândalos, escândalos de médio porte — tantos escândalos que é difícil acompanhar cada ato individual de má-fé do presidente.
Mas vamos tentar. Aqui vai uma lista dos vários aspectos terríveis das declarações de impostos de Trump e como eles podem ser avaliados em comparação uns com os outros.
O escândalo horrível que todos entendem
De acordo com o New York Times, Trump pagou 750 dólares em imposto de renda federal em 2016 e 2017. O total de US$ 1.500 é suficiente para comprar uma van Ford Aerostar, ano 1996, com mais de 110 mil quilômetros rodados.
Além disso, diz o jornal, quando tudo é considerado, Trump “não pagou nenhum imposto de renda em 10 dos últimos 15 anos”.
Há duas possibilidades aqui. Talvez as várias deduções que Trump usou para recortar suas obrigações fiscais sejam legítimas e representem perdas reais, e ele quase não ganhou dinheiro na última década e meio. Nesse caso, ele é muito mais pobre do que afirma. Ou suas baixas contábeis são em grande falsas e, na verdade, ele é mesmo um bilionário — mesmo que seu patrimônio líquido seja menor do que ele gosta de se gabar constantemente.
Todos conseguem entender que a evasão fiscal de Trump é moralmente errada.
Embora seja divertido ridicularizar Trump por ser um fracasso espetacular nos negócios — e, de fato, em certo sentido ele é (veja abaixo) — a resposta é quase certamente a segunda opção. Dan Alexander, repórter da Forbes, que escreveu um livro inteiro sobre o império cafona de Trump, estima que o presidente tem US$ 3,66 bilhões em ativos e US$ 1,13 bilhões em dívidas, deixando-o cerca de US$ 2,5 bilhões no azul.
Todos podem, portanto, entender que a evasão fiscal de Trump é moralmente errada. Não importa se ele seguiu quaisquer “regras”, porque pessoas como Trump ditam as regras. Uma sociedade que permite que qualquer pessoa ultra-rica saia impune de uma situação dessas não está funcionando.
Além disso, não devemos cair na falsa sofisticação de acreditar que todos os super-ricos escapam impunes. Não é o caso. De acordo com os dados do IRS, as 400 pessoas que mais ganham dinheiro nos EUA pagam uma média de mais de 20% em impostos de renda federais. Não é tanto quanto deveria ser, mas é mais do que nada. Como aponta o New York Times, se Trump pagasse impostos como um integrante normal do 1% mais rico, ele teria enviado pelo menos US$ 100 milhões a mais para o Tesouro dos EUA nesse período.
Escândalos que podem ter consequências para a família Trump
Os super-ricos geralmente se envolve, na evasão fiscal, com suas equipes de advogados trabalhando para mantê-los do lado certo da lei. A família Trump tem um histórico de envolvimento no que parece ser evasão fiscal, violando as poucas regras claras que existem na estratosfera financeira.
Durante a infância de Trump, seu pai Fred transferiu grandes somas de dinheiro para Donald e seus irmãos, de maneiras que um especialista acredita que poderiam constituir fraude fiscal criminosa. O IRS limita a quantidade de dinheiro que qualquer pessoa pode receber como presente sem ter que pagar impostos. Mas Fred Trump abriu uma empresa que legalmente era propriedade de Donald Trump, seus irmãos e um primo. Fred Trump então fez sua própria empresa comprar todos os suprimentos da empresa de seus filhos a preços inflacionados.
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A nova reportagem do New York Times identifica o que parece ser uma armação semelhante nos dias de hoje, na qual Trump empregou sua filha Ivanka e parece ter pago a uma empresa da qual ela é co-proprietária US$ 747.622 em “taxas de consultoria” (embora o Times não tenha feito essa conexão, sua reportagem revelou uma taxa de consultoria nesse valor e, em sua própria declaração financeira para trabalhar no governo, Ivanka Trump disse ter recebido exatamente esse valor como consultora). O IRS proíbe pagamentos de consultoria aos funcionários do governo, a fim de evitar a sonegação fiscal.
A reportagem do New York Times também identifica muitos outros aspectos dos impostos de Trump que clamam por uma investigação criminal. Trump deixou de pagar milhões em impostos sobre a propriedade de algo que parece ser uma residência do presidente, como se fossem despesas comerciais. Ele disse que os honorários pagos aos seus advogados que o representaram em questões políticos eram despesas de negócios. Mesmo o dinheiro que ele pagou para Stormy Daniels ficar calada pode ter sido ocultado como uma despesa comercial.
O escândalo do qual Trump apenas se aproveitou
Não é nenhum segredo que os EUA têm o que equivale a dois sistemas fiscais separados, um para os ultra-ricos e outro para todos os demais. Os assalariados normais têm seus impostos descontados diretamente de seus contracheques. Para os bilionários, a questão do que eles devem ao governo é mais como o início de uma discussão amigável.
Décadas de ataques liderados pelo republicano e cortes de verbas para o IRS levaram a uma situação absurda em que as pessoas que ganham uma média de 20 mil dólares por ano, qualificando-se para restituições, têm maior chance de passar por auditoria do que quem ganha muito mais dinheiro. Enquanto isso, de acordo com uma estimativa, US$ 7,5 trilhões em impostos não serão cobrados na próxima década porque o IRS simplesmente não tem os meios ou razão para fazer a lei ser cumprida contra pessoas poderosas.
Em um ambiente assim, Trump e seus advogados tinham todos os incentivos para forçar os limites das regras o máximo que pudessem, e nenhum incentivo para não fazê-lo.
Manejo e resgate de animais silvestres é tema de palestra
segunda-feira, 28 de setembro de 2020
Poder em Foco: Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional
Jeremoabo: Chefe de gabinete do prefeito ameaça jornalistas de morte
"Chico Sabe Tudo, vá tomar no c*, você e toda a imprensa. E, se 'zoadar', vai tomar tiro na cara. E bota aí no ar, que eu quero ir aí em Paulo Afonso matar você, que eu estou com vontade de matar gente e beber o sangue. Corno! Seu vagabundo", gritou Jadson.
Na tarde desta segunda-feira (28), em tom de voz bem mais moderado, Antonio Jadson se desculpou com os jornalistas. "Eu surtei. Não era eu. Não sei explicar o que aconteceu. Eu não sou disso. As pessoas me conhecem. Nunca agredi ninguém, nunca dei um murro em ninguém. Muito menos tirar a vida de uma pessoa. Queria pedir desculpas a eles e a toda a sociedade de Jeremoabo", disse.
Jadson afirmou estar abalado com toda a situação e contou estar ingerindo medicamentos. "Estou triste e envergonhado. Estou tomando remédios para lidar com os efeitos psicológicos disso tudo. Não estou bem. Peço desculpas. Por favor, transmitam meu pedido de desculpas", afirmou o chefe de gabinete. *Com informações do site Bahia Notícias
Serrinha: Conjunto Alvorada é alvo de abandono pelo poder publico
- Dupla do tráfico surpreendida pela PM no Nordeste de Amaralina
Guarnições das Rondas Especiais (Rondesp) Atlântico encontraram dois homens com diversas passagens pela polícia, na madrugada desta segunda-feira (28), no Nordeste de Amaralina, em Salvador. Pistola, revólver e drogas foram apreendidos com a dupla.
Os militares passavam pelo final de linha do Vale das Pedrinhas quando decidiram abordar um grupo suspeito. Os criminosos reagiram atirando e houve confronto. A dupla acabou atingida e, mesmo socorrida para o Hospital Geral do Estado (HGE), não resistiu. O restante do bando conseguiu fugir.
Os dois criminosos possuíam passagens. O de 21 anos havia sido preso por homicídio, tráfico de drogas, roubo de ônibus e porte ilegal de arma de fogo. O comparsa, de 18 anos, acumulava registros quando adolescente e também como adulto por tráfico de drogas e roubo.
Com eles foram apreendidos uma pistola calibre 380, um revólver calibre 38, carregador, munições, 96 pedras de crack, 89 porções de maconha e 61 pinos de cocaína.
Fonte: Ascom | Alberto Maraux
sábado, 26 de setembro de 2020
Michelle Bolsonaro quer censurar música “Micheque” do Detonautas
(Foto: José Cruz/Agência Brasil)
A primeira-dama Michelle Bolsonaro foi na quinta-feira (24) à 4ª Delegacia de Investigações Gerais sobre Crimes Eletrônicos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), em São Paulo, para autorizar a abertura de um inquérito criminal contra críticos das redes sociais. Um dos alvos seria a banda de rock Detonautas.
O grupo passou a incomodar a esposa do presidente Jair Bolsonaro após gravar uma sátira sobre os depósitos feitos pelo ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, na conta de Michelle. “Hey, Michelle, conta aqui para nós. A grana que entrou na sua conta é do Queiroz?”, diz a música “Micheque”. De acordo com reportagem da revista Veja, os assessores da primeira-dama veem crime de injúria e difamação.
O clipe mostra imagens de gado, laranjas e brinca com os filhos do presidente: zero um, Flávio Bolsonaro, foi apelido de “Willy Wonka” na composição, suspeito de utilizar loja de chocolates para lavagem de dinheiro. O zero dois, Eduardo Bolsonaro, ficou com o apelido de “Bananinha” e o zero três, Carlos Bolsonaro, o apelido de “Tonho da Lua”.
Nas redes sociais, o cantor Tico Santa Cruz, do Detonautas, protestou contra o possível processo de Michelle. “Seria isso uma tentativa de censura?”, questionou. “Não se pode mais cantar uma música que faz um questionamento?”, completa.
“Seguiremos fazendo músicas e representando o desejo legítimo de manifestação da liberdade de expressão. Deixo claro, nunca será através de injúria, calúnia ou difamação”, disse o artista em outra publicação no Twitter.
Fonte: Forum
Muda Tudo: Berg desiste da candidatura e declara apoio a Osni; Adriano da Chapada vai apoiar Adriano Lima
GOVERNO TRUMP CORRE PARA DESTRUIR PROTEÇÕES AMBIENTAIS
ENQUANTO INCÊNDIOS FLORESTAIS destroem milhões de hectares nos estados da Califórnia, Oregon e Washington, e uma série de furacões sem precedentes causa enchentes históricas no Sul dos EUA, deixando partes da região inabitáveis, o governo Trump tem corrido para reverter as regras criadas para prevenir exatamente esses tipos de desastres climáticos.
Ao longo de seu governo, Donald Trump presidiu sobre a reversão de mais regras e regulamentações ambientais do que qualquer outro presidente. O resultado foi que, mesmo que a mudança climática esteja a caminho de expulsar milhões de americanos de suas casas em breve e, por fim, aquecer a Terra a temperaturas não vistas há 34 milhões de anos, o líder do país com maior responsabilidade pelas alterações do clima redobrou o trabalho de dizimar os esforços que visavam a combater a poluição e a crise climática.
“O governo Trump é o primeiro na história da agência a se dedicar de forma tão implacável a uma agenda de reversão das regulações, sem sequer ter a pretensão de reduzir significativamente a poluição ambiental”, diz John Walke, advogado e conselheiro sênior do Fundo de Ação NRDC.
Começando pela escolha de Scott Pruitt, um negacionista das mudanças climáticas cuja ascensão na política do Oklahoma foi impulsionada pela indústria de petróleo e gás, para dirigir a Agência de Proteção Ambiental, EPA, Trump sinalizou seu desprezo pelo clima e pela saúde pública ao longo do seu tempo no poder. Embora Trump tenha chamado as mudanças climáticas de “farsa chinesa” e “golpe”, as agências federais sob seu comando tomaram inúmeras ações — desde a remoção de informações sobre mudanças climáticas no site da EPA até a decisão de se retirar do acordo climático de Paris; o reequipamento de modelos usados pelo Serviço Geológico dos EUA; e o cancelamento do programa de monitoramento de carbono da NASA — que atrasou os esforços para enfrentar a crise climática e, em última análise, colocou em risco o meio ambiente.
Nos últimos meses, o ritmo desses ataques aumentou. Os esforços frenéticos das agências federais durante os últimos meses antes de uma eleição presidencial são frequentemente chamados de “regulamentação da meia-noite”. Mas o trabalho que o governo Trump vem correndo para concluir seria descrito de forma mais precisa como “desregulamentação da meia-noite”.
Uma placa com o trocadilho “Trump digs coal” (“Trump gosta de carvão” ou “Trump escava carvão”) pode ser visto em uma fábrica na região mineira de Hazleton, Pensilvânia, em 2 de fevereiro de 2017. Foto: Maren Hennemuth/Picture Alliance/Getty Images
Proteções obliteradas
Tão logo assumiu o cargo, Trump deu início às reversões ambientais que provavelmente serão o legado mais duradouro de seu governo. Em março de 2017, a EPA sinalizou que não iria concluir a proibição planejada de um pesticida neurotóxico chamado clorpirifós. A decisão veio após ouvir de perto grupos ligados à indústria, e veio depois que a Dow Chemical Company, que fabrica o pesticida, doou US$ 1 milhão ao comitê responsável pela posse de Trump. Sob Trump, a EPA concluiu desde então dezenas de outras reversões ambientais, incluindo a destruição da Lei da Água Limpa; o enfraquecimento de restrições às instalações que emitem poluição tóxica no ar; a revogação de uma regra que exigia que empresas mineiras reservassem dinheiro para cobrir os custos da limpeza da poluição gerada; a reescrita da Lei de Política Ambiental Nacional de forma que ela não exija mais que o governo considere os impactos ambientais cumulativos de seus grandes projetos nas comunidades afetadas; e a busca por garantir que a indústria do carvão possa despejar resíduos de mineração em rios.
Entre as ações finalizadas recentemente que terão consequências devastadoras e duradouras no clima está a rescisão dos limites de emissão do metano durante a produção e processamento de petróleo e gás. O metano é um poluente climático que retém 80 vezes mais calor do que o dióxido de carbono em um período de 20 anos, e os EUA já estão liberando uma quantidade excessiva desse gás. A reversão das regras do metano, que foi finalizada em agosto — e contestada por muitas das principais empresas do petróleo que serão afetadas por isso — é projetada especificamente para ignorar as considerações com o clima e deve aumentar a quantidade de gás de efeito estufa liberada anualmente em até 4,5 milhões de toneladas. A poluição adicional terá o mesmo impacto anual de 100 usinas elétricas a carvão, segundo o Fundo de Defesa Ambiental, que está processando o governo por conta da regra.
O enfraquecimento dos padrões da EPA para economia de combustível para carros e caminhões leves, que foi finalizado em março enquanto a maioria das pessoas estava focada na pandemia de coronavírus, também vai acelerar as mudanças climáticas e levar a mais eventos climáticos catastróficos e incêndios florestais. A mudança, que reduz a eficiência do combustível para esses veículos em 27%, deve resultar em pelo menos 867 milhões de toneladas a mais de poluição por dióxido de carbono, o equivalente às emissões anuais de 216 usinas de carvão.
A EPA também reverteu sua política de exigir que as empresas inspecionem se há vazamentos em geladeiras e condicionadores de ar. A revisão às regulamentações, concluída em fevereiro, afeta a liberação de hidrofluorcarbonos, produtos químicos que podem causar centenas de vezes mais aquecimento do que o dióxido de carbono e, com frequência, vazam de equipamentos de refrigeração. De acordo com a ciência da própria agência, a nova regra vai resultar em um aumento de emissões de gases de efeito estufa que tem o mesmo potencial de aquecimento de 2,9 toneladas de dióxido de carbono a cada ano.
Enquanto isso, o Departamento do Interior finalizou seu plano para abrir o Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Ártico do Alasca para a perfuração de petróleo, uma medida que os ambientalistas acreditam ser devastadora não só para as 700 espécies de plantas e animais que vivem lá, mas também aumentar muito as emissões de carbono. Em 2018, a Comissão Regulatória Federal de Energia limitou sua consideração de gases de efeito estufa de projetos de gás natural. E, por meio de uma ordem executiva, Trump enfraqueceu as regulamentações que haviam sido postas em prática para mitigar inundações causadas pela elevação do nível do mar.
Talvez o mais devastador seja a perda do Plano de Energia Limpa. O projeto do governo Obama foi desenhado para reduzir a poluição climática em mais de 400 milhões de toneladas até 2030. Em vez disso, Trump substituiu o plano pela Regra da Energia Limpa Acessível, muito mais fraca, em 2019.
Decreto estadual determina que 50% dos recursos da Lei Aldir Blanc sejam destinados a grupos culturais negros
Crédito da Foto: Pedro Moraes/GOVBA
O governador Rui Costa (PT) decretou que 50% dos recursos vinculados ao Programa Aldir Blanc Bahia sejam destinados a grupos de manifestação cultural da população negra. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado de sexta-feira (25/9).
Sancionada em junho deste ano, a lei Aldir Blanc garante ações emergenciais ao setor cultural durante a pandemia de Covid-19.
A liberação dos recursos já era prevista para setembro e, em todo o Brasil, a União deve liberar R$ 3 bilhões para estados, municípios e o Distrito Federal para a manutenção de espaços culturais, pagamentos de três parcelas de uma renda emergencial a profissionais da área, editais e chamadas públicas.
Para ter acesso ao benefício, é preciso se inscrever no Cadastro Estadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Cultura até o dia 6 de outubro. É possível se inscrever no formulário da Secretaria da Cultura do Estado (Secult) e dúvidas podem ser enviadas para o e-mail cadastrotrabalhador@cultura.ba.gov.br.
O valor do auxílio é de R$ 600 e o pagamento é retroativo ao mês de junho.
quinta-feira, 24 de setembro de 2020
Prefeitura de Serrinha registra 10 novos casos de Covid-19
A Prefeitura de Serrinha registrou mais 10 novos casos de Covid-19, segundo boletim epidemiológico divulgado na noite desta quinta-feira (24). Com isso, a cidade soma 1.196 infectados, além de 14 óbitos por complicações da doença.
Os novos pacientes são cinco homens, de 17, 21, 39, 45 e 50 anos, e cinco mulheres de 25, 33, 39, 45 e 50. O número de pessoas recuperadas subiu para 1.158. Outros 9.366 testes tiveram resultado negativo para a Covid-19.
O município ainda tem 20 suspeitas da doença.
Deputados querem que ministro do Meio Ambiente explique combate às queimadas no Pantanal
A comissão externa da Câmara dos Deputados que analisa as queimadas em biomas brasileiros quer a convocação imediata do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para explicar o que o governo federal está fazendo para combater os incêndios no Pantanal. Os integrantes do colegiado disseram nesta quinta-feira (24) que já têm as assinaturas exigidas para a convocação e vão pedir ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que o requerimento seja aprovado o mais rapidamente possível em Plenário.
Desde que participaram da comitiva que foi ao Pantanal no último fim de semana para ver as consequências das queimadas, parlamentares têm acusado o Poder Executivo de atraso nas ações contra os incêndios e alertam que há pouca gente e equipamentos para o trabalho.
Para Professora Rosa Neide, discurso de Bolsonaro na ONU foi uma "agressão ao País"
A comissão também quer convocar o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, para dar explicações sobre falas dele. Em uma rede social, ele acusou a Associação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) de relacionar crimes ambientais à Presidência da República e de publicar fake news contra o País.
A coordenadora da comissão externa, deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), criticou o discurso de Jair Bolsonaro na Assembleia-Geral da Organização da Nações Unidas. “As imagens de satélite da Nasa estão mostrando as minúcias de onde começaram as queimadas, mas o presidente da República vai à ONU dizer que os indígenas e os caboclos estão ateando fogo”, declarou. “Isso é uma agressão ao nosso país, e nós temos que, com muita altivez, cobrar respostas.”
Além das convocações, o grupo pretende enviar requerimentos com pedidos de informações à Presidência da República e aos ministérios da Defesa; e do Meio Ambiente, entre outros órgãos do governo.
Audiências públicas
No plano de trabalho divulgado hoje, a comissão informou que estão planejadas seis audiências públicas para discutir a situação do Pantanal. Um dos encontros reunirá cientistas e pesquisadores das universidades públicas do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. Devem participar de outros debates representantes de comunidades tradicionais, do turismo e do setor agropecuário.
Dr. Leonardo: comissão tem de debater o assunto com representantes de todas as atividades existentes na região
O deputado Dr. Leonardo (Solidariedade-MT) ressaltou a importância de a comissão externa convidar integrantes de todas as atividades existentes na região. “Proteger o Pantanal é proteger o povo pantaneiro, os pecuaristas, o pequeno agricultou, toda a comunidade”, afirmou. “É esse equilíbrio que vamos trazer, respeitando e ouvindo a todos”.
Propostas
Os parlamentares também querem se debruçar sobre propostas legislativas que protegem o bioma. Entre elas, a chamada Lei do Pantanal (PL 9950/18), que detalha medidas de conservação e uso sustentável da região. Um dos autores do projeto, o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), defendeu sua aprovação: “Não queremos todo ano ver esse drama se repetir, de forma cada vez mais grave e com consequências cada vez mais irreversíveis”.
O deputado Dr. Leonardo lembrou que é preciso também equalizar as legislações de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul sobre o bioma, porque há pontos divergentes. Os dois estados detêm, respectivamente, 35% e 65% do Pantanal brasileiro.
Reportagem - Cláudio Ferreira
Edição - Marcelo Oliveira
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Policial Militar morre ao sofrer parada cardíaca em academia de Serrinha
Ministro da Educação diz que ‘homossexualismo é questão de valores
Ministro também defendeu retorno imediato das aulas (Isac Nóbrega/PR)
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que o “homossexualismo” vem da falta de atenção dos pais e de “famílias desajustadas”. Em entrevista ao Estadão, nesta quinta-feira (24), o representante ainda afirmou que acesso à internet para estudantes não é problema do MEC (Ministério da Educação).
Questionado sobre a discussão a respeito de bullying nas escolas, o ministro preferiu dar declarações preconceituosas sobre o que ele acredita serem as causas do “homossexualismo”. “Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por aí. São questões de valores e princípios”, afirma.
“Por esse viés, é claro que é importante mostrar que há tolerância, mas normalizar isso, e achar que está tudo certo, é uma questão de opinião. Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe”, declara.
Em seguida, a jornalista Jussara Soares questionou se esse posicionamento contraria a laicidade do Estado, que o ministro se comprometeu a defender. “Temos estados aí que têm professores transgêneros, isso não tem nada a ver comigo. Se ele não fizer uma propaganda aberta com relação a isso e incentivar meninos e meninas para andarem por esse caminho…. Tenho certas reservas”, responde.
O ministro usou o termo “homossexualismo” ao tratar sobre a homossexualidade, que possui uma qualidade pejorativa devido ao sufixo “ismo“, associado a patologias, doutrinas e ideologias.
Volta às aulas
O chefe da pasta também defendeu o retorno imediato das aulas nas escolas. No entanto, reconheceu que o ministério não tem como interferir na decisão, que fica a cargo de estados e municípios. “Por mim, voltava na semana passada, uma vez que já superamos alguns itens, saímos da crista da onda e temos de voltar”, opina.
Sobre a dificuldade de garantir que todos os alunos tenham acesso aos materiais disponibilizados pela internet, Milton respondeu que não seria através da pasta que essa questão seria resolvida. “Esse não é um problema do MEC, é um problema do Brasil. Não tem como, vai fazer o quê? É a iniciativa de cada um, de cada escola”, acrescenta.
O ministro ainda disse que pretende melhorar a valorização dos professores. Ele afirmou que a profissão hoje seria escolhida por aqueles que não têm outra opção. “Hoje ser um professor é ter quase que uma declaração de que a pessoa não conseguiu fazer outra coisa. Está na hora de parar de ter como protagonista somente o aluno, a infraestrutura, a comida, o assistencialismo, e a gente olhar com carinho maior para os professores”, finaliza.
Edição: Marcela Gonzaga
Mais de 4 milhões de pessoas estão recuperadas da Covid-19 no Brasil
Crédito da Foto: ilustrativa/Paula Fróes/GOVBA
Com 30.903 novas recuperações, o Brasil tem 4.023.789 pessoas consideradas curadas da Covid-19. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (24/9).
Em relação a casos confirmados, o número subiu para 4.657.702, dos quais 139.808 não resistiram à doença.
O ministério levanta, ainda, que há 494.105 pessoas em acompanhamento.
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
DEPUTADO EMPLACA ALIADO NO IPHAN PARA LIBERAR R$ 90 MILHÕES EM OBRAS A EMPRESAS LIGADAS A ELE
Comissão divulga nova plataforma para a saúde nas eleições municipais
Foto: reprodução
A Comissão Nacional de Saúde do PCdoB apresenta uma nova versão, ampliada, de um conjunto de diretrizes que constituem a plataforma de saúde do PCdoB para as eleições municipais 2020, cujo lema é “enfrentar a pandemia, defender a vida do povo e fortalecer o SUS”.
O debate ocorreu no último sábado (19), com a participação de mais de 180 inscritos em todo o país e da presença da presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos. A plenária recebeu emendas e concluiu a elaboração do documento.
Segundo Ronald Ferreira dos Santos, coordenador-geral da Comissão Nacional de Saúde do PCdoB, “a plataforma está disponível a todos, mas será lançada em duas etapas, a primeira dia 25 de setembro, com a participação de nossas lideranças nacionais da Saúde, e a segunda dia 8 de outubro com nossos candidatos e candidatas às prefeituras das capitais”.
Confira a seguir:
AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS E A PLATAFORMA DE SAÚDE DO PCdoB
Nossa missão: enfrentar a pandemia, defender a vida do povo e fortalecer o SUS
Em seis meses de pandemia, já são mais de 131 mil brasileiros/as mortos/as. Poucos são os países que chegaram a essa trágica situação. Todas as ações relevantes para enfrentar a pandemia foram sabotadas pelo presidente Jair Bolsonaro. A demissão de dois ministros da Saúde, acabou com a possibilidade de coordenação nacional para o enfrentamento da pandemia. Milhões de testes ficaram armazenados no Ministério da Saúde sem utilização. Recursos preciosos para compra de medicamentos, aparelhos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ficaram retidos no governo federal.
Bolsonaro incentivou aglomerações e vetou o uso de máscaras em ambientes fechados. Desarticulou a proteção de populações mais vulneráveis, entre elas os indígenas, e especialmente os profissionais dos serviços essenciais, como os da saúde. E, agora, desestimula a vacinação em massa, medida indispensável para acabar com a pandemia no Brasil. Por essas e outras aberrações, Bolsonaro foi denunciado no Tribunal Penal Internacional, em Haia (Holanda), por crime contra a humanidade.
A Covid-19 no Brasil refletiu e aprofundou as desigualdades existentes no país, com mais mortos entre os pobres e negros. Na linha de frente do tratamento à Covid-19, morreram trabalhadores de serviços essenciais e informais, além de pessoas pobres idosas e com comorbidades, com acesso desigual ao sistema de saúde.
A crise social – decorrente da agenda ultraliberal e neocolonial da dupla Bolsonaro-Guedes – agravou-se com a pandemia. O desemprego não para de crescer e o aumento dos preços de produtos da cesta básica tem gerado forte carestia. Mais de dez milhões de brasileiros(as), segundo o IBGE, estão passando fome. Indicadores de saúde, como o aumento da desnutrição, da mortalidade infantil e materna, se elevam. Registra-se no país um aumento no número de crimes violentos contra a mulher, entre os quais homicídios e o feminicídio. Seguindo o rastro dessa tragédia, o Brasil tem 77% das mortes de gestantes e puérperas por Covid-19 registradas no mundo, segundo estudo da Unesp, UFSCar, IMIP e UFSC.
Diante da conduta criminosa e irresponsável de Bolsonaro, coube ao Congresso Nacional, com destaque à bancada de oposição ao governo, aos governadores, prefeitos e seus secretários de saúde assumirem quase que por inteiro o trabalho e os esforços para conter a tragédia sanitária, social e econômica que se abate sobre a nação. Foram aprovadas medidas propostas pelos Deputados de oposição ao governo, como o Auxílio Emergencial de R$ 600, assim como, outros projetos para apoiar as famílias, a classe trabalhadora, as empresas e os serviços. Bolsonaro e seus ministros tudo fizeram e fazem para sabotar ou dificultar a realização dessas medidas.
O SUS organizado e fortalecido estaria preparado, em melhores condições, para conter a circulação do novo coronavírus, com planejamento e investimentos em ações de Atenção Primária e Vigilância em saúde, com o desenvolvimento de atividades de prevenção, proteção, monitoramento e vigilância epidemiológica de casos e contatos, efetivadas pelas equipes de saúde. São ações sustentáveis, comprovadamente exitosas em países que as utilizaram. No Brasil, no entanto, com a desorientação do governo federal, estas medidas foram praticamente abandonadas durante a pandemia, levando às mais altas taxas de mortalidade e letalidade do mundo, só comparáveis, nas Américas, às dos Estados Unidos, Peru e Chile.
Nossa luta: fortalecer o SUS e cuidar das pessoas e comunidades
Neste contexto, o Sistema Único de Saúde (SUS), com mais de 31 anos de implantação, tem sido uma alternativa presente para a maioria da população no enfrentamento à pandemia, com um esforço notável de seus trabalhadores, gestores e equipes que atuam com dificuldades de coordenação e grandes desafios para cumprir a sua missão constitucional da universalidade, integralidade e equidade. Mais do que nunca, lutar pela saúde significa lutar pelo Brasil.
Fortalecer o SUS se impôs como uma necessidade imperativa ao povo. Segundo o IBGE, 75% da população brasileira dependem exclusivamente das ações assistenciais do SUS, e em algumas regiões do país este percentual chega a 90%. Já as ações de proteção, de vigilância em saúde, muitas vezes invisíveis, sobre algumas das quais a pandemia colocou luz, são 100% atribuições do SUS.
A pandemia também deixou claro que fortalecer o SUS é fortalecer a soberania e a segurança nacional. Em tempos de convergência tecnológica, é fundamental incentivar a ciência, tecnologia e inovação em saúde, através do desenvolvimento e produção nacional de tecnologias da informação e comunicação, equipamentos médicos, fármacos, vacinas, equipamentos de proteção individual, assim como a ampliação da capacidade de apoio diagnóstico dos laboratórios públicos.
A luta pelo SUS público, integral e universal, contou até o momento com a atuação combativa dos comunistas, socialistas e trabalhistas e dos verdadeiros humanistas, que sempre estiveram presentes no longo período de tempo de construção do projeto do SUS e da reforma sanitária brasileira, com vitórias importantes, como a implantação de um conjunto significativo de políticas, programas, serviços e práticas de saúde bastante efetivos.
Além, ainda, dos mecanismos de participação social que, especialmente por meio de conselhos e conferências de saúde, contribuíram para que os avanços ocorressem. A atuação de profissionais, de lideranças do PCdoB no Conselho Nacional de Saúde, em conselhos estaduais e municipais, ao longo desse tempo, é um bom exemplo da importância de participação da militância e das entidades dos movimentos sociais na luta do controle social do SUS.
Um aspecto decisivo na defesa e no fortalecimento do SUS tem sido a atuação destacada dos parlamentares do PCdoB no Congresso Nacional e demais casas legislativas, onde realizam uma luta histórica contra o neoliberalismo e o processo de privatização, na denúncia do subfinanciamento da saúde pública e na defesa de um orçamento suficiente para a saúde, mais recentemente traduzidas na luta pelo fim da Emenda Constitucional 95. Neste período, com uma atuação articulada com os movimentos sociais e com os trabalhadores da saúde, foi possível aprovar políticas públicas de saúde voltadas para mulheres, população negra, indígenas, jovens, idosos, LGBTQI+, populações em vulnerabilidade ou exclusão social, as políticas de equidade do SUS.
Soma-se à luta histórica do PCdoB na saúde a atuação de gestores comunistas em administrações públicas, executando ações de fortalecimento das estruturas do SUS. Até o momento entre os melhores resultados de enfrentamento à pandemia no SUS estão as boas práticas e ações desenvolvidas no governo do Maranhão, na Secretaria de Saúde do Espírito Santo e na Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá. Medidas essas que reduziram a letalidade da COVID-19 no MA ou fortaleceram a estrutura permanente de leitos públicos de UTI no ES e o aumento do número de equipes para atendimento ambulatorial e estratégias e monitoramento e vigilância, com testagem e rastreamento dos casos e contatos, em diversas secretarias municipais de Saúde. Se ressalta, ainda, a condução do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) hoje presidido por um profissional respeitadíssimo por seus pares.
As eleições municipais e a plataforma de saúde do PCdoB
Precisamos ampliar a participação dos comunistas nas prefeituras e nas câmaras municipais. O processo eleitoral de 2020 é um importante momento para a sociedade brasileira – e principalmente para o PCdoB – deixar a sua marca no aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde.
Para isso apresentamos as diretrizes da plataforma de saúde do PCdoB para as eleições de 2020, estimulando os candidatos e as candidatas – a partir desse acúmulo da atuação partidária, na área da saúde – a elaborarem suas próprias plataformas de saúde, refletindo e formulando propostas para a realidade local, partindo do princípio de que a saúde pública já era a principal angústia do povo brasileiro e agora, com a tragédia da pandemia, tornou-se ainda mais grave e dramática.
Destaca-se a oportunidade de garantir a capilaridade das nossas propostas em todos os municípios em que o Partido terá chapa de vereadores e candidaturas às prefeituras, ou candidatos/as apoiados/as pelo Partido. Para tanto, é apresentada abaixo a indicação de um conjunto de propostas para programas e projetos municipais que podem compor a plataforma de saúde dos/as candidatos/as:
1.Organizar Plano Permanente de Enfrentamento à pandemia nos Municípios: A pandemia de COVID-19 segue em curso e projeta sua continuidade para 2021. Apesar de forte interiorização de casos e de óbitos, sua presença é ainda saliente nas regiões das grandes cidades. As pessoas, famílias, comunidades e os territórios de moradia estão em risco, nas cidades e no campo. Os gestores municipais juntamente com os Conselhos de Saúde devem organizar e manter um Plano de Emergência que permita o enfrentamento da pandemia em seu estágio atual, mantendo recursos e atividades de prevenção e vigilância, assegurando – quando estiver disponível – a vacinação da população e atuando na redução dos danos provocados pela Covid-19.
1.1. Ampliar o Rastreamento e a Testagem nos Territórios: O centro da ação do enfrentamento à pandemia deve estar no rompimento da cadeia de transmissão. Ou seja, os municípios devem promover a busca ativa pelos contaminados e seus contatos, ampliar a testagem e realizar o rastreamento, conter a circulação do vírus e assim obter êxito no bloqueio do contágio. O uso de tecnologias e ferramentas de monitoramento e vigilância pode apoiar as equipes de saúde, com a imprescindível participação dos agentes comunitários de saúde e agentes de endemia, nos lugares onde vivem as famílias e estão as comunidades.
1.2. Apoiar com recursos o isolamento temporário: É fundamental, para o êxito dessa estratégia, que o poder público assuma o monitoramento e os custos do isolamento temporário de pessoas contaminadas, ou com exposição continuada ao vírus, com precárias condições de fazê-lo por conta própria. O enfrentamento à pandemia deve sustentar a manutenção e no fortalecimento de políticas sociais que apoiam os mais vulneráveis, tais como o bolsa família, a farmácia popular e outros programas de auxílio a idosos e desempregados e o fortalecimento das redes de cuidado e reabilitação de pessoas com deficiência.
1.3. Promover a proteção aos vulneráveis e a equidade em saúde: Para enfrentar as desigualdades sociais e suas consequências durante o processo da pandemia, é necessário reforçar o conjunto de políticas de promoção da equidade em saúde que garantem mais apoio aos que menos possuem e aos que mais necessitam. Assim, é necessário maior investimento de ações e recursos na saúde da mulher e dos idosos, na saúde da população negra e saúde indígena, saúde das pessoas com deficiência, saúde da população em situação de rua, LGBTQI+, saúde do campo, quilombolas e ribeirinhos e de outras populações em vulnerabilidade ou exclusão social, para garantir a proteção e o cuidado a que têm direito.
1.4 Assegurar a Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN): Realizar a avaliação contínua do perfil alimentar e nutricional bem como de consumo alimentar e antropometria de indivíduos de todas as fases da vida (crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes). Esta ação irá produzir um conjunto de indicadores de saúde e nutrição que deverá orientar a formulação de políticas públicas de proteção social e das ações locais de atenção nutricional.
2. Fortalecer a atenção básica: saúde em casa e na comunidade. Para isso é fundamental assegurar o acesso ampliado das famílias às ações de prevenção, promoção e resolução dos problemas mais frequentes, com garantia de horários e períodos distintos para consultas ambulatoriais nas UBS e a coordenação da atenção em todos os pontos da rede. Defender o preceito constitucional de que as ações preventivas devem ser prioritárias, fortalecendo as ações de vigilância em saúde, além de um plano que busque a cobertura de 100% do território nos municípios menores, através da Estratégia de Saúde da Família, e, nas grandes e médias cidades, a priorização da cobertura das regiões de maior vulnerabilidade social. Fortalecer os territórios, dotar as regiões de saúde com responsabilidade pela gestão, regulação, e, através da atenção básica, a coordenação das redes de atenção e a efetivação da vigilância em saúde. Fortalecer, também, o Programa Nacional de Imunização, que se realiza hoje através da atenção básica. As vacinas já protegeram várias gerações do povo brasileiro, e a vacina da Covid-19 também o protegerá.
2.1. Apoiar a Saúde das Mulheres e redobrar os cuidados materno-infantil. Realizar programas e ações que reduzam os riscos de morte materna puerperal na pandemia, bem como ampliem a proteção dos direitos e dos cuidados sexuais e reprodutivos às mulheres, fortalecendo as ações de cuidado desenvolvidas pela Rede Cegonha. Esses cuidados abarcam: consultas de rotina à distância e pelo uso do teleatendimento e a vigilância ativa do binômio materno-infantil. Usar também o telefone e aplicativos de comunicação de direta, como WhatsApp, no sentido de garantir atendimento individualizado tanto para a gestante, puérpera e o recém-nascido. O cuidado se torna ainda mais relevante com crianças de baixo peso ao nascer, prematuras ou que tiveram alguma intercorrência na maternidade; e quanto às gestantes e puérperas, deve-se atentar para as adolescentes, sem rede de apoio, em uso de substâncias psicoativas, em difícil situação socioeconômica. Os profissionais de saúde devem atuar junto à assistência social, a fim de apoiar as mulheres e minimizar estas vulnerabilidades.
2.2. Garantir a saúde bucal e o Brasil Sorridente. A maior política pública de saúde bucal do mundo vem sendo fragilizada em nível federal, e nos municípios. Com uma visão focal, que nega a integralidade da atenção, os gestores federais da gestão Bolsonaro desmontam a coordenação nacional de saúde bucal e cortam seus recursos. Isto somado ao arrocho crescente no financiamento da Atenção Básica resulta na redução drástica das ações das equipes de saúde bucal. É indispensável garantir em cada munícipio a cobertura necessária para as demandas e necessidades de saúde bucal de crianças, gestantes, trabalhadores/as e idosos/as.
2.3. Estruturar pontos de atenção especializada e apoio às Equipes de Saúde da Família, articulados com a atenção básica, a vigilância em saúde e a assistência farmacêutica. Essa relação sinérgica visa a garantir a prestação de serviços eficientes, efeitos de qualidade, e de acordo com as necessidades e preferência das pessoas usuárias, através de serviços focados no cuidado multiprofissional. Diretrizes clínicas construídas com base em evidências, prontuários eletrônicos integrados em rede, especialmente com a Estratégia Saúde da Família (ESF), e que mantenham comunicação em rede com outros níveis de atenção. Essas unidades poderão cumprir funções educacionais e de pesquisa.
2.4. Efetivar ações de promoção e cuidados integrais em saúde mental, nas famílias, empresas e comunidades. Durante a Pandemia houve um aumento de 700 por cento na demanda por consultas psicológicas on-line, segundo o Conselho Federal de Psicologia. Para acolher esta demanda é necessário reforçar e estruturar a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) nos municípios, como um sistema de serviços, baseado na comunidade e na proteção dos direitos humanos das pessoas com transtorno e sofrimento mental, e na política de saúde mental que, à medida que foi se fortalecendo, foi também se estendendo a outros objetivos: a prevenção dos transtornos mentais, a atenção à saúde mental de crianças e adolescentes e as estratégias contra as dependências de álcool e outras drogas. A reforma psiquiátrica e a luta antimanicomial são bandeiras civilizatórias que devem ser empunhadas pelos comunistas.
2.5. Garantir à população o acesso a medicamentos é componente fundamental do direito à saúde. É fundamental a utilização de todas as ferramentas disponibilizadas pela ciência e tecnologia, bem como a força de trabalho necessária para garantir o medicamento e as tecnologias da saúde como um direito. A coordenação do trabalho desenvolvido pelo Programa Farmácia Popular e pela Assistência Farmacêutica Municipal deve garantir o acesso aos medicamentos como componente fundamental do direito à Saúde. A assistência farmacêutica também deve estar articulada com a vigilância em saúde, principalmente para viabilizar as melhores condições de garantir o acesso a medicamentos estratégicos, em especial as vacinas.
2.6. Fortalecer e estruturar o componente público municipal do sistema nacional de laboratório de saúde pública. Os laboratórios foram amplamente privatizados, o que resultou em precariedade na capacidade da testagem da pandemia em curso. Como um dos grandes legados do enfrentamento da pandemia, os municípios devem desenvolver um programa voltado para a estruturação de vigilância para doenças emergentes e reemergentes, elevando os níveis de capilaridade da vigilância em saúde, com modernização de estrutura e qualificação de pessoas.
2.7. Reconstruir a capacidade instalada de leitos hospitalares públicos, com ênfase na interiorização e na regionalização, a fim de solucionar a grande disparidade na distribuição desses leitos em todo o Brasil. Isso se faz obrigatório, pois com a pandemia ficou evidente a restrição do acesso aos leitos hospitalares, especialmente os de terapia intensiva, provocando mortes evitáveis e aumento de óbitos nos domicílios, em função da gravidade da Covid-19. Apoiar Projeto da deputada Jandira Feghali, com apoio da SES/ES, que propõe a garantia de recursos para a manutenção dos leitos que foram abertos durante a pandemia.
2.8. Fortalecer atenção integral à saúde dos/as trabalhadores/as: Garantir atenção integral e o cuidado com a saúde do/a trabalhador/a, com destaque para as ações de vigilância em saúde, prevenção e cuidados relacionados às doenças crônicas e a outros agravos, que necessitam de avaliação e acompanhamento das Equipes de Saúde da AB. Ampliar horários e períodos para atendimento ao trabalhador/a na Rede do SUS. Promover a integração e reorganização dos Centros de Referência de Saúde do Trabalhador (CEREST), com a AB e as Redes de Cuidado do SUS, com a valorização do diálogo social através das Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador (CIST), implantando serviços de atenção à saúde dos/as servidores/as e trabalhadores/as, e viabilizando a efetiva participação dos/as trabalhadores/as para promover a integração de ações na gestão da saúde.
2.9. Garantir o acesso às Práticas Integrativas e Complementares-PICS, na Atenção Básica (AB) do SUS. Ampliar, junto às comunidades e famílias, os espaços de vivência das práticas integrativas e complementares, assim como da educação popular em saúde. Garantir na AB em saúde o acesso aos cuidados em PICS, como estratégia complementar de prevenção de agravos e de promoção e recuperação integral da saúde, com ênfase no cuidado continuado e humanizado no SUS. Promover formação permanente das equipes de saúde nos municípios para incorporação das PICS na rede de cuidados, com financiamento e registros adequados das ações e práticas realizadas. Desenvolver modelos interculturais de saúde na AB.
2.10. Promover o amplo acesso ao saneamento básico nos municípios, como parte de um programa de desenvolvimento integrado e consorciado entre os governos.
3.2. Valorizar os trabalhadores/as e profissionais de saúde, desenvolvendo políticas que melhorem condições de trabalho, ofertando remuneração justa e a definição da carreira de Estado. É fundamental a edição de concursos públicos para o quadro de saúde, repondo e ampliando a força de trabalho do SUS. Já era grande a precarização do trabalho entre os profissionais de saúde – por meio da contratação via as organizações sociais, terceirizações, privatizações -, com a pandemia, ampliou-se com mais escândalos e perdas de direitos trabalhistas.
3.1. Ofertar oportunidade de qualificação crescente, com residências e formações centradas no trabalho em equipe, com políticas de valorização dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate a endemias, haja vista que são carreiras do SUS e os seus respectivos vínculos variam de município para município. Estimular vínculos permanentes e de tempo integral que permitam atender às necessidades da saúde da população.
3.2. Fomentar a inovação, a extensão e o desenvolvimento humano e tecnológico do SUS. Criar uma rede de institutos de ciência e tecnologia municipais e estaduais, assim como concatenar as atuais escolas de saúde pública ao movimento das Instituições Científicas e Tecnológicas do SUS (ICT-SUS). Orientar que todos os municípios com mais de 500 mil habitantes tenham ICTs constituídas, e os de mais de 100 mil criem suas escolas de saúde pública, como escolas de governo em saúde. Estabelecer parcerias com as universidades públicas da região.
4.1. Fortalecer a comunicação em saúde para as comunidades, garantindo amplo acesso à internet nos territórios e comunidades mais vulneráveis, como uma medida de saúde pública, bem como disponibilizar à população soluções e aplicativos que estejam articulados a serviços para realizar orientações clínicas, regular usuários e agendar procedimentos, monitorar a evolução dos casos, georreferenciar a propagação da doença, entre outras diversas possibilidades.
5. Garantir o que foi estabelecido pela EC 29/2000 e na LC141/2012 quanto ao financiamento do SUS, que determina que o município deve aplicar no mínimo 15%, das receitas resultantes de impostos e transferências constitucionais, em Ações e Serviços Públicos de Saúde.
6. Assegurar a gestão participativa do SUS. Promover o planejamento local participativo, com a integração dos/as cidadãos e cidadãs. Garantir a participação da comunidade na elaboração do plano municipal de saúde como fonte ordenadora do planejamento das ações e da vinculação orçamentária prevista no Fundo Municipal de Saúde.
6.1. Garantir a participação da comunidade no controle social do SUS, ampliando os espaços municipais de participação da comunidade, nos serviços de saúde, como conselhos gestores locais e/ou comitês de equidade (saúde da mulher, população negra, do campo e floresta, juventude, população em situação de rua, LGBTQI +…). Reforçar a qualidade da representação e da participação social e dos trabalhadores nos conselhos e nas conferências municipais de saúde. Desburocratizar os espaços de Controle Social do SUS.
6.2. Avançar na gestão compartilhada do SUS, aplicando o caráter tripartite, com a responsabilidade pelo seu funcionamento e financiamento do município, do estado e da União. A garantia ao acesso universal e integral às ações e aos serviços de saúde do SUS, com efetividade e eficiência, exige uma articulação colegiada e compartilhada do planejamento e dos recursos físicos e orçamentários, entre os entes que compõem o sistema.
6.3. Denunciar o brutal ataque ao SUS e realizar campanha permanente em sua defesa e valorização. O fortalecimento e valorização do SUS têm caráter pedagógico junto à comunidade, quanto ao papel do Estado, principalmente pelo fato de as eleições municipais ocorrerem justamente no período de definição dos orçamentos de 2021 ainda subordinado à famigerada EC 95, do teto dos gastos; e da tramitação da reforma administrativa – agendas que ameaçam violentamente o SUS, seja pelos 38 bilhões a menos no orçamento da União para 2021, seja pela precarização do trabalho. Mais do que subfinanciar, o governo Bolsonaro empreende agressivo desfinanciamento, criminoso corte de recursos do SUS.
Nosso Projeto: Cidades em que o povo viva bem e com saúde.
Garantir condições para que o povo possa viver mais e melhor, através de políticas públicas e sociais que promovam a qualidade de vida dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e das cidades, reforçando o papel estratégico da gestão municipal dos recursos da saúde, como fim e meio de colaborar para um novo projeto de desenvolvimento do Brasil, soberano, democrático e social, como está previsto no Artigo 196 da Constituição de 1988.
A proteção e defesa da vida, o fortalecimento do SUS são compromissos programáticos destacados e elevados das candidaturas do PCdoB às prefeituras e câmaras municipais. É tema estratégico à jornada para assegurar a vitória do PCdoB nas eleições municipais de 2020!
Lutar pelo SUS é lutar por cidades democráticas e mais humanas, é lutar pelo Brasil.
Brasília, 19 de setembro de 2020
Comissão Nacional de Saúde do Partido Comunista do Brasil-PCdoB
Do Portal PCdoB
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