Jovens buscam alternativa para erradicar causas do trabalho infantil (Fotos: Portal Infonet)
Os dados ainda não são precisos e chegam em algumas situações a serem divergentes quando a questão está relacionada ao trabalho infantil no país. Mas os protagonistas engajados na luta contra a exploração da infância e adolescência revelam índices assustadores, com uma população estimada de 2,8 milhões de crianças e adolescentes, na faixa etária entre cinco e 17 anos, em situação de trabalho no país, segundo dados divulgados pelo Comitê Nacional de Adolescentes e Jovens Pela Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (Conapeti.)
Em Sergipe, a realidade também assusta. O Mapa do Trabalho Infantil divulgado pela organização não governamental Chega de Trabalho Infantil [www.chegadetrabalhoinfantil.org.br], índice que Sergipe concentra a segunda maior taxa de crianças e adolescentes ocupadas [trabalhando], o que representa 9,42% da população entre cinco e 17 anos.
A questão está sendo debatida em Aracaju no I Encontro Sergipano de Adolescentes pela Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, que está acontecendo em Aracaju com participação de jovens protagonistas representando 35 municípios sergipanos e de instituições governamentais e não governamentais. O evento percorre o Brasil por iniciativa do Comitê Nacional de Adolescentes e Jovens pela Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (Conapeti) e Sergipe é o 11º Estado brasileiro percorrido.
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Os dados são baseados na Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (PNAD) referentes ao ano de 2015, a última atualização. De acordo com os resultados divulgados pela ONG Chega de Trabalho Infantil, Com uma população formada por 505.910 crianças e adolescentes na faixa etária, Sergipe desponta com a segunda maior taxa de trabalho infantil do país. Da população entre cinco e 17 anos, 47.659 trabalham, o que representa 9,42% das crianças e adolescentes sergipanas ocupadas nas mais diversas áreas. Em alguns casos amparadas pela legislação e outros em situação de exploração.
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Em Sergipe, o maior índice de trabalhadores nesta faixa etária [49%] está concentrado na atividade agropecuária, conforme a pesquisa. Nesta atividade, estão 23.852 crianças e adolescentes, segundo a ONG. Outros 11.206, o que representa 21,1% da população infantil, estão trabalhando nas atividades no setor comércio e reparação e 5.061, o equivalente a 9,5% da população desta faixa etária, estão na indústria de transformação, extração mineral, petróleo, gás, eletricidade e água, enquanto outros 3.973, o equivalente a 7,5%, estão na administração pública nas áreas de educação, saúde e serviços sociais, 3.614 ou 6,8% estão na construção civil, 3.253, o equivalente a 6,1% estão no setor de serviços gerais, e 2.168, o equivalente a 4,1%, em serviços domésticos.
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