quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Pai que torturou bebê de 7 meses em Parintins já tinha duas passagens pela polícia


No último sábado (18), um caso revoltou moradores de Parintins. A Delegacia Especializada de Polícia (DEP) representou à Justiça, na manhã de segunda-feira (20), o pedido de prisão preventiva em nome de um jovem de 24 anos, autor de agressões físicas que teve como vítimas a própria companheira, uma adolescente de 17 anos, e o filho do casal, um bebê de sete meses.


De acordo com a delegada Alessandra Trigueiro, titular da DEP, o jovem possui passagem pela polícia por homicídio e violência doméstica. A autoridade policial relatou que o homicídio ocorreu no dia 25 de dezembro de 2017.

Na época, o delegado Adilson Cunha, titular da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Parintins, representou à Justiça o pedido de prisão preventiva em nome do suspeito, que ainda chegou a ser deferida, mas depois acabou revogada pelo juiz da Comarca de Parintins, que entendeu que o mesmo não representava perigo à sociedade.

Tortura

A equipe da DEP de Parintins deu início às investigações em torno do caso no último sábado, após a companheira do jovem conseguir fugir com o filho e buscar ajuda junto no Conselho Tutelar do município. Após isso, eles foram conduzidos até a delegacia, onde foi formalizada a ocorrência.

“A adolescente nos relatou que o suspeito faz uso de entorpecentes e vinha torturando o próprio filho desde que o bebê tinha dois meses. A vítima nos informou que também era agredida fisicamente. Levamos a criança até a unidade hospitalar, onde está se recuperando das lesões ocasionadas por mordidas. Os procedimentos no Instituto Médio Legal (IML) constataram a violência e iniciamos as diligências para encontrá-lo”, explicou a delegada.

Segundo a autoridade policial, a adolescente afirmou que o suspeito morde o próprio filho e já tentou sufocar o bebê.

Na manhã de segunda-feira (20) o jovem se apresentou espontaneamente na delegacia. “Ele nega ter torturado o filho. O indivíduo argumentou que as lesões na criança foram provocadas por uma queda”, comentou Trigueiro.

Liberado

A delegada ressaltou que o elemento foi liberado após prestar esclarecimentos e ser indiciado por tortura e violência doméstica. A delegada enfatizou, ainda, que já representou à Justiça o pedido de prisão preventiva em nome do infrator e aguarda a decisão judicial.

Medida protetiva

O juiz de Direito Saulo Góes Pinto, magistrado substituto que responde pela 2ª Vara da Comarca de Parintins, concedeu medidas protetivas em caráter de urgência para resguardar a integridade física de uma mulher após esta sofrer reiteradas agressões cometidas por seu companheiro. As medidas protetivas são extensivas aos filhos do casal, vítimas, também, de agressões físicas.

Dentre as medidas, o magistrado determinou que o agressor não se aproxime da ofendida e de seus familiares mantendo-se distante destes por pelo menos 500 metros; proibiu o agressor de frequentar o entorno da residência e do local de trabalho da ofendida; determinou o afastamento deste do lar; determinou o transporte da ofendida e do filho para local seguro; proibiu o contato deste com testemunhas dos atos de agressão e o pagamento, por este, de pensão em favor dos filhos.

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