Ueslei Silva Sarinho, o Heures, 22 anos, apontado como principal suspeito da morte do músico e compositor Felipe Yves Magalhães Gomes, 21, foi preso nesta segunda-feira (13), no bairro de Castelo Branco, em Salvador. Ele estava escondido na casa do irmão desde que o músico foi degolado e teve o corpo queimado no dia 6 de março. Imagens do crime foram enviadas à família.
O traficante foi preso por equipes do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) ao tentar fugir da casa do irmão, na Rua Pensilvânia. Segundo a Polícia Civil, a prisão ocorreu após denúncias anônimas indicarem que o assassino estava escondido bairro.
Na casa da mãe de Ueslei, que fica na mesma rua da casa do irmão, foi encontrado um revólver calibre 38. A polícia investiga se o revólver, que estava escondido embaixo de uma sapateira, foi a mesma arma usada para matar o compositor. A arma foi encaminhada ao Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde será periciada.
O suspeito foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma. Heures já possuía dois mandados de prisão em aberto por homicídios ocorridos no bairro de Cajazeiras. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga a participação do traficante e de sua quadrilha em mais dez assassinatos.
Outros dois suspeitos ainda estão sendo procurados. Andrei Jesus dos Santos, o Lacoste, 22 anos, e um adolescente de 17 anos foram presos suspeitos de envolvimento no crime. Segundo testemunhas ouvidas pelo CORREIO, Heures é líder da facção criminosa Bonde do Maluco (BDM) que comanda o tráfico de drogas em Cajazeiras. Na sexta-feira, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decretou a prisão temporária dele e de outro suspeito.
Degolado e queimado
O crime ocorreu na comunidade da Independência, localidade onde o tráfico de drogas é dominado pelo traficante Heures. Fontes ligadas à polícia disseram que as buscas pelo suspeito estavam concentradas na Região Metropolitana, principalmente em Camaçari, Simões Filho e Dias d’Ávila.
A região onde o corpo de Felipe foi encontrado tem diversas pichações em muros com as iniciais da facção BDM. As informações que chegaram ao Serviço de Inteligência (SI) da Secretaria da Segurança Pública (SSP) dão conta de que Heures fugiu da região de Cajazeiras logo depois de ter matado o compositor.
Testemunhas contaram logo após o crime que, no passado, um primo de Felipe matou alguém ligado ao grupo de Heures. “Ele jurou vingança. Ontem (dia do crime), ele mandou fotos do corpo de Felipe para esse primo dele dizendo: ‘Olha aqui o que eu acabei de fazer com o seu primo’”, afirmou o morador, em sigilo.
Versões
Existem duas versões para o crime. Segundo a polícia, Felipe estava a caminho da casa de uma amiga quando foi abordado por homens armados. Ele teria dito que era primo de um traficante, mas o bandido pertencia a um grupo rival daqueles que o abordaram e, por isso, foi morto.
Familiares do compositor, no entanto, disseram que Felipe estava na Boca da Mata na casa do pai – numa região chamada de Prédios Velhos – quando recebeu uma ligação de um homem que seria empresário marcando um encontro na Rótula da Feirinha, em Cajazeiras 10. Ele estaria a caminho desse encontro quando foi abordado. O corpo de Felipe foi encontrado no dia seguinte semidegolado e baleado no braço, em um matagal na mesma comunidade.
Em nota, a Polícia Militar informou que no dia do crime uma guarnição da 3ª Companhia Independente da PM (CIPM/ Cajazeiras) esteve no local, mas o corpo de Felipe já havia sido recolhido. Eles realizaram rondas na região, mas ninguém foi preso.
O corpo de Felipe foi sepultado no cemitério Parque Bosque da Paz, na Estrada Velha do Aeroporto. Cerca de 200 pessoas assistiram à cerimônia. Muito abalada, a família não quis comentar o caso. Alguns músicos, amigos do compositor, foram vestidos com camisas pretas e pediram por justiça.
O músico e produtor Douglas Carvalho, 24, conheceu Felipe quando ele ainda era uma criança. Ele contou no dia do enterro que o amigo começou a compor músicas com 13 anos, na mesma época em que começou a tocar cavaquinho. Desde então, ele não parou mais de escrever.
“Ele sempre passou por muita dificuldade para divulgar o trabalho dele. Lembro de algumas vezes em que ele não tinha tênis ou uma roupa para ir no show de algum artista que ia cantar a música dele ou para fazer alguma participação especial. Muitas vezes a gente pediu ajuda para conseguir a gasolina para ir nesses eventos. A gente estava sempre junto. A vida dele sempre foi uma luta”, afirmou.
Na casa da mãe de Ueslei, que fica na mesma rua da casa do irmão, foi encontrado um revólver calibre 38. A polícia investiga se o revólver, que estava escondido embaixo de uma sapateira, foi a mesma arma usada para matar o compositor. A arma foi encaminhada ao Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde será periciada.
O suspeito foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma. Heures já possuía dois mandados de prisão em aberto por homicídios ocorridos no bairro de Cajazeiras. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga a participação do traficante e de sua quadrilha em mais dez assassinatos.
Outros dois suspeitos ainda estão sendo procurados. Andrei Jesus dos Santos, o Lacoste, 22 anos, e um adolescente de 17 anos foram presos suspeitos de envolvimento no crime. Segundo testemunhas ouvidas pelo CORREIO, Heures é líder da facção criminosa Bonde do Maluco (BDM) que comanda o tráfico de drogas em Cajazeiras. Na sexta-feira, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decretou a prisão temporária dele e de outro suspeito.
Degolado e queimado
O crime ocorreu na comunidade da Independência, localidade onde o tráfico de drogas é dominado pelo traficante Heures. Fontes ligadas à polícia disseram que as buscas pelo suspeito estavam concentradas na Região Metropolitana, principalmente em Camaçari, Simões Filho e Dias d’Ávila.
A região onde o corpo de Felipe foi encontrado tem diversas pichações em muros com as iniciais da facção BDM. As informações que chegaram ao Serviço de Inteligência (SI) da Secretaria da Segurança Pública (SSP) dão conta de que Heures fugiu da região de Cajazeiras logo depois de ter matado o compositor.
Testemunhas contaram logo após o crime que, no passado, um primo de Felipe matou alguém ligado ao grupo de Heures. “Ele jurou vingança. Ontem (dia do crime), ele mandou fotos do corpo de Felipe para esse primo dele dizendo: ‘Olha aqui o que eu acabei de fazer com o seu primo’”, afirmou o morador, em sigilo.
Versões
Existem duas versões para o crime. Segundo a polícia, Felipe estava a caminho da casa de uma amiga quando foi abordado por homens armados. Ele teria dito que era primo de um traficante, mas o bandido pertencia a um grupo rival daqueles que o abordaram e, por isso, foi morto.
Familiares do compositor, no entanto, disseram que Felipe estava na Boca da Mata na casa do pai – numa região chamada de Prédios Velhos – quando recebeu uma ligação de um homem que seria empresário marcando um encontro na Rótula da Feirinha, em Cajazeiras 10. Ele estaria a caminho desse encontro quando foi abordado. O corpo de Felipe foi encontrado no dia seguinte semidegolado e baleado no braço, em um matagal na mesma comunidade.
Em nota, a Polícia Militar informou que no dia do crime uma guarnição da 3ª Companhia Independente da PM (CIPM/ Cajazeiras) esteve no local, mas o corpo de Felipe já havia sido recolhido. Eles realizaram rondas na região, mas ninguém foi preso.
O corpo de Felipe foi sepultado no cemitério Parque Bosque da Paz, na Estrada Velha do Aeroporto. Cerca de 200 pessoas assistiram à cerimônia. Muito abalada, a família não quis comentar o caso. Alguns músicos, amigos do compositor, foram vestidos com camisas pretas e pediram por justiça.
O músico e produtor Douglas Carvalho, 24, conheceu Felipe quando ele ainda era uma criança. Ele contou no dia do enterro que o amigo começou a compor músicas com 13 anos, na mesma época em que começou a tocar cavaquinho. Desde então, ele não parou mais de escrever.
“Ele sempre passou por muita dificuldade para divulgar o trabalho dele. Lembro de algumas vezes em que ele não tinha tênis ou uma roupa para ir no show de algum artista que ia cantar a música dele ou para fazer alguma participação especial. Muitas vezes a gente pediu ajuda para conseguir a gasolina para ir nesses eventos. A gente estava sempre junto. A vida dele sempre foi uma luta”, afirmou.
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