sexta-feira, 28 de maio de 2021

Papel de jovens boinas-azuis é foco de bate-papo com secretário-geral BR

Minusma/Marco Dormino

António Guterres teve uma conversa com integrantes de três áreas distintas da manutenção de paz: polícia, militar e civil; este Dia Internacional dos Boinas-Azuis destaca a Juventude, Paz e Segurança. 

Jovens boinas-azuis discutiram com o secretário-geral da ONU, António Guterres, o poder da juventude na estabilização de países pós-conflito. O encontro virtual celebrou este Dia Internacional dos Boinas-Azuis, marcado em 29 de maio.  

O foco da conversa foi a importância juvenil no processo, o impacto da nessas operações e algumas experiências tanto nos países de origem como de serviço. Atualmente 12 missões integram mais de 90 mil sodados de paz em todo o mundo. 

                                                               Processos  



Para o secretário-geral, a juventude não está dando apenas uma "contribuição fantástica para manter a paz, mas desempenha um papel muito importante em relação à integração do grupo em processos dentro dos países". 

Celebração internacional em 2021 destaca a Juventude, Paz e Segurança. Minusca/Hervé Serefio
Celebração internacional em 2021 destaca a Juventude, Paz e Segurança. 
 

Este ano, o tema “O caminho para uma paz duradoura: Aproveitando o poder da juventude para a paz e segurança" marca as celebrações. Na conversa com integrantes das áreas militar, policial e civil eles encorajam os outros a seguir seus passos revelando motivações e desafios. 

Instrutora de polícia na Missão da ONU no Mali, Minusma, Sira Bojang atua numa das operações de paz mais perigosas do mundo, por causa do número de mortes de capacetes azuis. Ela analisa as cenas de crimes. Na conversa, disse que tem paixão pela ajuda ao próximo. 

Para Sira, ser boina-azul é uma grande oportunidade para ver como diferentes países funcionam. Ela explicou que observando  como as pessoas podem pensar que são muito diferentes, mas conseguem trabalhar juntas num objetivo comum. 

Experiência  
Já o tenente Eric Manz diz que sua missão é levar a paz e evitar que o que ocorreu em sua terra natal, Ruanda, não venha a se repetir em nenhuma parte do mundo. 

O oficial apontou as grandes dificuldades na história enfrentadas por cidadãos ruandeses por causa do genocídio. É essa a razão que o levou a se juntar à manutenção da paz. 

A gestora Carolina Meroni  gere o Banco de dados e relatórios de proteção infantil na Missão da ONU na República Democrática do Congo, Monusco.  É da maior operação do mundo de onde ela vê um lugar para que a juventude atue na área. 

Novas ideias  
Ela realçou que jovens envolvidos na manutenção da paz podem trazer novas ideias para velhos problemas. Para ela, o desafio é que o grupo seja ouvido e envolvido no processo da tomada de decisões e se sentar à mesa.  

Meroni  incentiva  os jovens de todo o mundo a se unirem para atuar por um mundo melhor. 

Em 72 anos, mais de 1 milhão de membros de operações de paz incluindo militares e civis serviram em 71 missões enviadas pelas Nações Unidas com pessoal de 125 países. 

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