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O Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde para as Américas, Opas, citou o Brasil ao lado da Argentina, do México e de Cuba como fabricantes estabelecidos de vacinas que ajudaram a imunizar várias gerações de latino-americanos.
A diretora-geral da Opas, Carissa Etienne, afirma que existe um longo caminho a percorrer na proteção de todos. Ela apontou a urgência de mais vacinas na região que é “testada pela pandemia de maneira severa”.
Doses
América Latina e o Caribe vacinaram apenas 3% da população até agora. Dos mais de 400 milhões de doses, administradas nas Américas, a maior parte foi para os Estados Unidos. Quase 50% dos moradores dos Estados Unidos receberam pelo menos uma dose e cerca de 85% das pessoas acima de 85 anos completaram a imunização.
A Opas lembrou que algumas das instalações do Brasil, de Cuba, da Argentina e do México estão sendo preparadas para produzir as vacinas graças a acordos com fabricantes como a AstraZeneca. Mas para atender a demanda, será preciso multiplicar esses esforços.
O braço regional da OMS já distribuiu mais de 12 milhões de doses nas Américas. Outras 770 mil unidades devem chegar à América Central e ao Caribe.
Na semana passada, a região teve 1,2 milhão de novos casos de Covid-19 e 31 mil óbitos. Etienne disse que a queda de infecções, em abril, ofereceu um “alívio” aos sistemas de saúde.
Cuidados no Brasil
No Brasil ocorre “uma pausa nas tendências decrescentes observadas nas semanas anteriores”. E 90% dos leitos de UIT estão ocupados, um sinal de “alto risco de comunidades não receberem cuidados necessários”.
Em relação aos imunizantes, a Opas defende que é preciso aumentar a produção de toda a cadeia de valor desde os ingredientes usados nas vacinas até os frascos e seringas para aplicá-las, sem que tal comprometa a qualidade.
Oito autoridades regulatórias nacionais podem supervisionar esse trabalho na região com fortes instituições acadêmicas e de pesquisa, capacidade de fabricação existente, sistemas regulatórios robustos e um mecanismo eficaz de aquisição.
A representante realçou ainda que é imprescindível expandir a capacidade regional de fabricação de suprimentos médicos estratégicos, principalmente vacinas, tanto em favor da população como por uma questão de segurança sanitária.
Equipamentos
Etienne apontou fatores como proibições de exportação, atrasos na cadeia de abastecimento e falta de poder de compra que se associam para limitar suprimentos de oxigênio para equipamentos de proteção individual, medicamentos e vacinas vitais para a resposta. A população sofre com as consequências dessa situação.
As Américas produziram menos de 4% dos produtos médicos usados durante a resposta à pandemia. Mais de 90% desses equipamentos são adquiridos fora da região.
Para o braço regional da OMS, as lacunas no acesso às vacinas na América Latina e no Caribe são um sintoma da dependência excessiva da região das importações de insumos médicos essenciais.
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