Uma força-tarefa foi criada para investigar as 28 mortes ocorridos durante a operação da Polícia Civil na favela Jacarezinho, no Rio de Janeiro, conforme anunciou o procurador-geral de Justiça do Rio, Luciano Matos. A informação foi divulgada nesta terça-feira (11/5).
De acordo com o procurador, o grupo contará com o promotor natural do caso, André Cardoso, além de três outros promotores, peritos e técnicos do Ministério Público do Rio (MP-RJ).
Desde que ocorreu a operação, no dia 6 de maio deste ano, o MP-RJ vem sendo alvo de cobranças por conta da necessidade de uma apuração independente sobre a ação. O Supremo Tribunal Federal (STF) havia restringido operações policiais durante a pandemia, apenas a situações excepcionais. O procurador, no entanto, afirmou que o órgão está "cumprindo integralmente" a decisão da Corte.
ABUSO POLICIAL
Além das mortes ocorridas na ação, entre elas a de um policial civil, a investigação também irá apurar se policiais removeram os corpos para desfazer cenas do crime, o que pode caraterizar fraude processual.
Denúncias de torturas contra presos, que teriam sido agredidos e obrigados a carregar parte dos corpos, também devem ser apuradas. Segundo representantes do MP, após a investigação, será possível fazer um "juízo de valor" sobre o ocorrido.
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