segunda-feira, 31 de maio de 2021

NISE YAMAGUCHI E IRMÃOS TIVERAM REUNIÕES SECRETAS COM A CÚPULA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE Médica que CPI da Covid suspeita ser parte do “gabinete paralelo” de Bolsonaro fez encontros em Brasília sem registro em agendas oficiais.

 

FAÇA PARTE

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

NISE YAMAGUCHI E IRMÃOS TIVERAM REUNIÕES SECRETAS COM A CÚPULA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Médica que CPI da Covid suspeita ser parte do “gabinete paralelo” de Bolsonaro fez encontros em Brasília sem registro em agendas oficiais.

Paulo MotorynPaulo Motoryn

31 de Maio de 2021, 19h45

A MÉDICA NISE YAMAGUCHI, que depõe à CPI da Covid nesta terça-feira, 1º de junho, foi apontada como “conselheira paralela” de Jair Bolsonaro pelo ex-ministro Luiz Henrique Mandetta e o diretor-presidente da Anvisa, o militar da ativa da Marinha Antonio Barra Torres.


Agora, documentos mostram que ela frequentou o Ministério da Saúde, ao longo de seis meses, para reuniões nos gabinetes do então ministro interino Eduardo Pazuello e do secretário-executivo – o número dois da pasta – Elcio Franco. Nise estava tão à vontade que escalou até os irmãos para encontros com a área responsável pela indicação de medicamentos ao  SUS.

Nenhuma das visitas consta nas agendas oficiais de Pazuello e de Franco, nem foi divulgada publicamente. Mas elas indicam a influência direta da entusiasta da cloroquina sobre o alto escalão da pasta. As reuniões secretas são mais um indício da existência do que a CPI da Covid chama de “ministério paralelo”: um grupo de negacionistas que influenciou a tomada de decisões de Bolsonaro na pandemia, contrariando evidências e políticas de saúde.


Os registros das ida da médica ao ministério estão em documento que recebi via Lei de Acesso à Informação, no qual constam os registros de todos os visitantes da sede do ministério em Brasília em 2020. De acordo com a lista, Nise Yamaguchi esteve no prédio em pelo menos quatro datas em junho, julho e dezembro de 2020. Em duas delas, a médica passou pela recepção mais de uma vez, nos períodos da manhã e da tarde – o que indica que teve reuniões que ocuparam todo o dia.


As visitas secretas dos Yamaguchi ao Ministério da Saúde


Da portaria ao gabinete de Pazuello

Em resposta a requerimentos feitos por senadores da oposição, a Casa Civil da Presidência entregou à CPI documentos que mostram quatro visitas de Nise ao Palácio do Planalto. Agora, os registros de acesso ao Ministério da Saúde mostram que a influência da médica e de seus irmãos também foi exercida diretamente no comando da pasta.


As reuniões de Nise Yamaguchi e seus irmãos no Ministério da Saúde, porém, não haviam sido reveladas nem mesmo pela médica.


Nise se encontrou pela primeira vez com Bolsonaro após o início da pandemia de covid-19 em 6 de abril de 2020, quando, a convite dele, foi a um almoço no Palácio do Planalto, em Brasília. À época, o presidente já reclamava publicamente da resistência do então ministro Luiz Henrique Mandetta em defender o uso maciço da cloroquina contra a covid-19.


Dois meses depois do primeiro encontro com Bolsonaro, em 10 de junho, Nise pisou pela primeira vez no Ministério da Saúde. À época, Eduardo Pazuello já era ministro interino.

A lista de visitas indica que a médica entrou às 9h41 no prédio e foi encaminhada ao órgão descrito como “GM” – identificação usada para o gabinete do ministro da Saúde. Foi um dia cheio. Nise voltou a passar pelas catracas do prédio à tarde, às 14h50. Desta vez, foi encaminhada à “SE”, sigla para a secretaria-executiva, então comandada pelo coronel da reserva do Exército Elcio Franco.

Naquele dia, como em todas as outras visitas de Nise à sede da pasta, as agendas oficiais de Pazuello e Franco não registraram os encontros. A Lei de Conflito de Interesses, de 2013, prevê que agentes públicos em cargos de confiança ou de comando divulguem diariamente suas agendas de compromissos, mesmo que reservadas a despachos internos. Quando se trata de ministros e secretários-executivos, a publicação é obrigatória e visa a transparência na administração pública. Nesse caso, a falta de anotação indica que Pazuello e Franco acharam melhor esconder as visitas de Nise.

Naquele 10 de junho, ela não estava sozinha. Foi acompanhada da irmã, Greice Naomi Yamaguchi, que entrou no prédio nos mesmos horários que ela. Greice sequer é médica. Diz ser graduada pela Fundação Getúlio Vargas e ter feito mestrado e doutorado na França em administração de empresas. Participou do governo de transição de Bolsonaro, é adepta de teorias da conspiração e tentou carreira política pelo Novo e pelo PSL.

Nessa e em suas outras visitas ao Ministério da Saúde, Greice Naomi tomou um rumo diferente da irmã: foi encaminhada ao oitavo andar do prédio. Ali, funciona a Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde. É o setor responsável por “formular e implementar políticas nacionais de assistência farmacêutica”, fomentar “parcerias público-privadas na produção de produtos estratégicos” e “coordenar o processo de incorporação e desincorporação de tecnologias em saúde no âmbito do SUS”.

Aquela não havia sido a primeira visita de Greice Naomi ao ministério. Na tarde de 6 de abril – logo após a irmã Nise almoçar com Bolsonaro –, ela e outro irmão, o cirurgião plástico Charles Takahito Yamaguchi, dono de um consultório na Avenida Brasil, uma das regiões mais caras de São Paulo, já haviam ido ao oitavo andar do prédio em que funciona a pasta.

Dois dias depois, em 12 de junho, as duas irmãs voltaram ao ministério para reuniões no período da tarde. No dia seguinte, 13, um sábado, tiveram reuniões no Palácio do Planalto com o então assessor da Presidência Arthur Weintraub.

charles-nise-yamaguchi

Os irmãos Charles Takahito, Nise e Greice Naomi Yamaguchi posam para foto durante evento.

 

Foto: Reprodução/Twitter

Em 18 de junho – ou seja, seis dias após a terceira visita de Greice –, a secretaria passou a ser comandada por Hélio Angotti Neto, médico e discípulo de Olavo de Carvalho, guru da extrema direita brasileira. Ele é mais um defensor do inexistente tratamento precoce da covid-19, que inclui a cloroquina, e chegou a encomendar um manual com orientações sobre a medicação.

Depois da posse de Angotti, Greice Naomi não voltou ao ministério. Mas Nise, sim. A médica voltou a aparecer na lista de visitantes do Ministério da Saúde pouco mais de 15 dias depois, em 2 de julho. Desta vez, passou pelas catracas em dois horários diferentes, às 10h40 e 16h58. Nas duas ocasiões, foi enviada para o gabinete do ministro interino Pazuello.

A médica voltaria a Brasília em 8 de setembro, quando se reuniu com o assessor da Presidência Filipe Garcia Martins no Palácio do Planalto. A última visita dela ao Ministério da Saúde em 2020 ocorreu em 30 de dezembro, quando foi encaminhada à secretaria-executiva comandada por Elcio Franco.

Um levantamento mostra que, enquanto Nise frequentava sigilosamente o Palácio do Planalto e o Ministério da Saúde, de março de 2020 a janeiro de 2021, o governo Bolsonaro implementou ao menos quatro medidas federais promovendo ou facilitando a prescrição da cloroquina e da hidroxicloroquina.

Em março, retirou a exigência de receita médica especial para pacientes que recebem os remédios. Em maio, um protocolo do Ministério da Saúde recomendou uso de cloroquina em todos os casos de covid-19, inclusive com sintomas leves; em junho, flexibilizou a prescrição de ivermectina, nitazoxanida, cloroquina e hidroxicloroquina. Em janeiro deste ano, lançou o TrateCov, aplicativo que indicava automaticamente cloroquina em casos de suspeita de covid-19.

Nesse período, Bolsonaro também atuou como garoto-propaganda do remédio, usando o currículo de Nise para sustentar seus argumentos. Contaminado pela covid-19 no início de julho, ele disse a jornalistas, no dia 7 daquele mês, que usou cloroquina para tratar a doença.

“Estou muito bem e credito isso não só ao atendimento dos médicos, mas pela forma como ministraram a hidroxicloroquina, que [teve] reação quase imediata. Poucas horas depois [de tomar], já estava me sentindo muito bem”, disse o presidente. Cinco dias antes da declaração, Nise havia passado o dia no Ministério da Saúde.

Duas semanas depois, em 24 de julho, Bolsonaro foi fotografado por jornalistas oferecendo caixas do medicamento às emas que vivem no gramado da residência oficial.

BRASILIA, DF,  21-05-2020:  A médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi, que defende o uso da cloroquina no tratamento da covid-19, chega ao palácio do Planalto na manhã de hoje. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

Nise Yamaguchi: portas abertas – às escondidas – no governo federal para defender remédios sem efeito contra a covid-19.

 

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Ministério paralelo

Nascida em Maringá, interior do Paraná, em 1959, Nise Yamaguchi se formou em Medicina na Universidade de São Paulo, a USP, em 1982 e se tornou imunologista e especialista em oncologia. Até os primeiros meses da pandemia, atuava no Hospital Israelita Albert Einstein, um dos mais prestigiados no Brasil. Mas foi afastada do corpo clínico da instituição em julho do ano passado, após fazer analogia entre o pânico provocado pela pandemia e a postura de vítimas do Holocausto.

Em meados de março de 2020, Nise se tornou conhecida do grande público por conceder entrevistas para diversos veículos de comunicação e gravar vídeos fazendo a defesa do que chama de tratamento precoce com cloroquina e hidroxicloroquina contra a covid-19. As sociedades brasileiras de ImunologiaPneumologia e Infectologia afirmam que os remédios são inócuos contra o novo coronavírus, mesma posição da Organização Mundial de Saúde, a OMS, e das autoridades sanitárias dos Estados Unidos e de países da Europa.

O alinhamento de Nise ao bolsonarismo é recente. A médica chegou a ser chefe de gabinete do Ministério da Saúde em São Paulo de 2007 a 2010, quando a pasta estava sob o comando do então ministro José Gomes Temporão no segundo mandato de Lula. Em reportagem publicada na revista piauí em 2007, a jornalista Daniela Pinheiro investigou os bastidores da atuação do então ministro da Saúde e ouviu de Nise que ela mesma havia sido a autora da indicação dele a ministro do governo petista.


Em tempo de pandemia, milhões de pessoas dizem que querem parar de fumar BR

 

OMS marca Dia Mundial Sem Tabaco promovendo compromisso virtual para abandonar o fumo; médica brasileira é a única lusófona entre 34 especialistas agraciados com prêmio que reconhece ações pelo fim da prática. 

Este 31 de maio é o Dia Mundial Sem Tabaco. Eventos em várias partes do globo querem mobilizar o público sobre os perigos do uso do produto e práticas comerciais das empresas de tabaco. 

A Organização Mundial da Saúde, OMS, quer maior consciência sobre os efeitos nocivos do fumo ativo e passivo, além de desencorajar várias formas de uso do tabaco, que causa a morte de 8 milhões de pessoas por ano. 

Direito à saúde 

A OMS lista ainda ações recentes para conter o uso do tabaco e como o mundo pode atuar em favor do direito dos cidadãos à saúde e proteger as gerações futuras.  

Unsplash/Lex Guerra
Uma das medidas para combater a epidemia é um novo compromisso virtual para parar de fumar

 

Este ano, uma das medidas para combater a epidemia é um novo compromisso virtual para parar de fumar. A agência realça que milhões de usuários vêm expressando esse desejo. 

A médica Tânia Cavalcante, do Brasil, é a única vencedora de língua portuguesa do Prêmio Mundial sem Tabaco, que reconhece ações para ajudar as pessoas a pararem de fumar. Ela está entre os 37 agraciados pelo Reconhecimento Especial do Diretor-Geral da OMS. O galardão é atribuído a representantes das seis regiões cobertas pela agência devido aos avanços no controle do tabagismo. 

Controle do Tabaco 

Tânia Cavalcante, do Instituto Nacional do Câncer é a secretária-executiva do Comitê Nacional para a Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco. 

Em 1987, a data foi proclamada pelos Estados-membros da Organização Mundial da Saúde para chamar a atenção global para a epidemia do tabaco, as mortes e doenças evitáveis causadas pela substância.  

No ano seguinte, a Assembleia Mundial da Saúde adotou a celebração do dia em 31 de maio. 

OMS
OMS lista ainda ações recentes para conter o uso do tabaco

 

♦ Receba atualizações diretamente no seu email - Assine aqui a newsletter da ONU News
♦ Baixe o aplicativo/aplicação para - iOS ou Android
♦ Siga-nos no Twitter! Assista aos vídeos no Youtube e ouça a rádio no Soundcloud

Copa América: Rui Costa diz que, caso Bahia seja sede, não permitirá público nos estádios

 Copa América: Rui Costa diz que, caso Bahia seja sede, não permitirá público nos estádios

Após o anúncio da Commembol de que a Copa América será realizada no Brasil, governadores de alguns estados se manifestaram contra a decisão. Rui Costa (PT) disse que aceita que a Bahia seja sede, caso os jogos ocorram sem público. Até o momento, apenas os estado de Pernambuco e do Rio Grande do Norte se negaram a sediar as partidas. 

O governador baiano criticou a realização da Copa América no país, mas não negou que a Arena Fonte Nova seja palco das partidas. "Sobre a transferência da Copa América 2021 para o Brasil, adianto que não há possibilidade de flexibilizar regras para que a #Bahia seja sede. Seguiremos o mesmo padrão em relação ao futebol. Não será permitido público. Se a exigência é ter público, aqui na Bahia não terá", informou.

Em outra postagem, algumas horas depois, falou sobre o tratamento dado as empresas de vacina. "O Brasil precisa de mais vacinas e não de Copa América. Não é responsável termos mais uma competição quando nos aproximamos da marca de 500 mil mortes pela Covid-19. A agilidade que o Governo Federal teve para dizer sim à Copa América precisa ser aplicada à compra de vacinas", reclamou

SSP inicia construções de novas sedes para Polícia Civil e DPT em Senhor do Bonfim

 










Novas unidades para as polícias Civil e Técnica, na cidade de Senhor do Bonfim, no Norte do estado, começaram a ser construídas, pela Secretaria da Segurança Pública. Nesta segunda-feira (31), o secretário da Segurança Pública, Ricardo Mandarino, a delegada-geral, Heloísa Brito, e o diretor do Departamento de Polícia Técnica, Édson Reis, visitaram a obra.


As novas estruturas fazem parte de um plano de recuperação das unidades policiais na Bahia. Com investimento de R$ 4,4 milhões, a 19a Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), a Delegacia Territorial (DT) e a Coordenação Regional de Polícia Técnica (CRPT) devem ficar prontas, segundo previsão da empresa responsável pelas obras, em nove meses.


"Passamos por um momento de pandemia e com grande impacto econômico, mas seguimos investindo. Além das novas unidades para PC e DPT, aqui em Senhor do Bonfim, estamos com licitações para outras unidades e também reformas em andamento", destacou o secretário Ricardo Mandarino.


Bombeiros - Reforma no Subgrupamento de Bombeiros Militar de Senhor do Bonfim também foi mais uma medida anunciada durante a visita. O comandante-geral da instituição, coronel Adson Marchesini, informou sobre a manutenção na estrutura.

Acusado de roubo a mão armada em Serrinha é preso por policiais civis de Brumado


Um homem com mandado de prisão aberto por roubo a mão armada praticado na cidade de Serrinha, foi preso no sábado
 (29), por policiais da Delegacia Territorial de Brumado. O preso, é acusado de estourar a janela de um caminhão, render o motorista, amarrar os pés e as mãos dele, levar seus pertences e abandonar em um matagal.

“Já estávamos a procura dele por um tempo, após nosso serviço de inteligência encontramos no bairro Parque Alvorada em Brumado”, relatou o titular da 1ª DT de Brumado, delegado Paulo Henrique de Oliveira. O preso teve o mandado cumprido e foi encaminhado para a carceragem da DT de Brumado onde se encontra à disposição da Justiça.


120 mulheres

 

Assine agora!
Estupradas por seus patrões. Assediadas enquanto tentavam trabalhar. Milhões de mulheres enfrentam abuso sexual em seus ambientes profissionais. Mas em algumas semanas, nós podemos ajudar a criar um tratado sem precedentes, que pode proteger mulheres de todos os cantos do mundo de assédio no trabalho! Então, vamos levar nosso pedido diretamente para países-chave, como Espanha e Argentina, antes de um enorme congresso global que acontece em breve, e convencer governos a apoiar esta legislação. Assine agora!
ASSINE AGORA!
Queridos amigos e amigas,
Mais de 120 mulheres em fábricas de roupas no Lesoto denunciaram que seus supervisores as abusaram sexualmente. Algumas afirmam que o estupro aconteceu dentro das fábricas em que trabalham.

Essas mulheres não estão sozinhas: 80% das trabalhadoras de confecções entrevistadas em uma pesquisa em Bangladesh afirmam ter sofrido ou presenciado situações de violência sexual e assédio no trabalho. Assim como milhões de mulheres no mundo todo.

Mas, dentro de algumas semanas, nós podemos ajudar a criar um tratado sem precedentes que pode proteger mulheres de todo o mundo da violência no trabalho!

Seis países já ratificaram o tratado, mas precisamos de outros para transformar esse acordo em uma lei internacional. Então, vamos levar este chamado diretamente para países-chave, como Espanha, Argentina e Equador, antes de um enorme congresso global sobre direitos das mulheres que acontece em breve, e ajudar a soar o alarme ao redor do globo. Assine agora!
Cerca de 1 em cada 4 países NÃO tem leis sobre violência sexual no trabalho. E aqueles que têm, nem sempre as aplicam. Na França, 30% das mulheres afirmam ter sofrido violência ou abuso no ambiente profissional, o que prova que precisamos de mudanças!

Mas esse acordo pode virar o jogo. Pela primeira vez, países seriam obrigados a desenvolver leis nacionais para coibir a violência no ambiente de trabalho, para tomar medidas preventivas, e para assegurar que sobreviventes tenham acesso a reparações. Junto com reformas nacionais ousadas, isto pode mudar a vida de mulheres ao redor do globo.

E pessoas ligadas às negociações nos dizem que esta é a hora de trazer o apoio de mais países! Líderes mundiais estão prestes a se reunir em um enorme congresso sobre igualdade de gênero na França e alguns países já apoiaram este chamado. Então, vamos alcançar 1 milhão de assinaturas e levar nossas vozes diretamente para eles. Assine e compartilhe agora!
Histórias de abuso e violência sexual podem nos dar a sensação de que não temos forças, mas isso é algo que nós podemos fazer agora mesmo para proteger melhor as mulheres do mundo todo. Viemos na esteira de gerações de mulheres e aliados que lutaram por isso - vamos deixá-las orgulhosas.

Com esperança e enorme determinação,

Sarah, Ruth, Naxalli, Chris, Nana, Adela e todo o time da Avaaz

Mais informações:

domingo, 30 de maio de 2021

Salvador adere à manifestação contra Bolsonaro; "fora, genocida"

 





Salvador foi uma das capitais brasileiras a aderir às manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), iniciados na manhã deste sábado (29/5). As cidades Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Belém (PA), João Pessoa (PB), Brasília (DF), Aracaju (SE), Maceió (AL), Teresina (PI), Recife (PE), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e São Luís (MA) também realizam protestos.

Na capital baiana, os manifestantes levaram cartazes pedindo vacina e chamando o presidente de "genocida".

Os atos são organizados por grupos de esquerda, como a Frente Brasil Popular, Frente Povo sem Medo e o Povo na Rua. Eles afirmam que os protestos respeitarão as medidas sanitárias.

VEJA ABAIXO

sss

Tarifa de ônibus intermunicipais ficará mais cara a partir de terça-feira

 

As novas tarifas das linhas de ônibus do serviço público de transporte rodoviário intermunicipal da Bahia, também conhecidas como linhas de longa distância, vão ser reajustadas a partir da próxima terça-feira, 1º. O último aumento concedido às empresas foi dado em março do ano passado.

Sendo regulamentado pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), o reajuste anual será de 6,8%, que conforme informações da agência, é estabelecido com base na correção de uma cesta de índices, a exemplo da variação do diesel, IPCA e IGPM.

Além disso, a margem é determinada através de pesquisas que analisam o gasto das empresas com os funcionários, peças dos ônibus, combustível, dentre outros insumos.

Apagão: Galo sofre a virada no fim pela estreia no Brasileirão

 Enviar por e-mail

jogo galo fortaleza (1)
De virada, Galo perdeu primeiro jogo do campeonato para o Fortaleza (Alan Alencar/Zimel

Na primeira rodada do Brasileirão 2021, o Galo saiu na frente, mas sofreu a virada para o Fortaleza no finalzinho. Hulk fez de pênalti e Pikachu marcou os dois gols do tricolor. O duelo ocorreu na manhã de calor deste domingo (30), no Mineirão, em Belo Horizonte. Na próxima rodada da competição, o Atlético tentará conseguir os primeiros pontos na tabela contra o Sport, na Ilha do Retiro, no próximo domingo (6). Mas antes, o clube tem outro importante jogo fora de casa. O adversário é o Remo (PA) pela 3ª fase da Copa do Brasil, nesta quarta (2) às 19h.

Homenagem
A primeira partida do Galo no Brasileirão também ficou marcada por uma homenagem ao ídolo Diego Tardelli, que se despediu do clube recentemente. O jogador estava nas arquibancadas do estádio para assistir ao jogo.


Jogo quente

A partida começou com mais posse de bola do Atlético. Aos 8 do 1T, Savarino chutou bem da entrada da área, mas a bola subiu. No minuto seguinte, Allan roubou a bola e tentou surpreender o goleiro Felipe Alves com um chute rasteiro, mas ele conseguiu tirar de pé. Arana tentou um chute de fora aos 13, para outra boa defesa do arqueiro do Fortaleza. 

sábado, 29 de maio de 2021

Jovem negro grava abordagem truculenta de policiais e vídeo gera revolta

 



O vídeo de uma abordagem policial truculenta no município de Ocidental, em Goiás, revolta internautas desde a noite dessa sexta-feira (28). Nas imagens, dois policiais são flagrados apontando armas para um jovem negro e dando ordens de forma agressiva. O que o rapaz estava fazendo? Gravando um vídeo sobre manobras de bicicleta. Um especialista ouvido pelo BHAZ destaca que o caso acende alertas sobre racismo estrutural e institucional (veja abaixo).


O jovem que aparece nas imagens foi identificado como Filipe Ferreira, um youtuber que produz conteúdos sobre manobras em bibicletas. No momento da abordagem, que, conforme a PM de Goiás informou ao BHAZ, será apurada, ele estava justamente gravando mais um dos quase 100 vídeos de manobras que podem ser vistos em seu canal no Youtube. A câmera apoiada mostra o jovem treinando os movimentos enquanto uma viatura se aproxima ao fundo.


Assim que desce da viatura, um dos policiais pede a Ferreira que saia de perto da bicicleta e logo em seguida já aponta a arma para o rapaz. Durante dois minutos, o oficial mantém o revólver em punho e se exalta diversas vezes enquanto repete para o jovem colocar as mãos na cabeça. “[Vamos] algemar. Resiste aí para você ver o que vai acontecer contigo”, diz (leia o diálogo na íntegra abaixo).

Com poucas horas da publicação, o vídeo viralizou e gerou revolta em milhares de pessoas nas redes sociais. Muitos defenderam a atuação dos policiais, mas vários apontaram questões problemáticas na abordagem. “Se fosse a gente branco, certamente a abordagem não seria assim, como é um negro, e a revolta do cara é legítima, ele deve passar por isso constantemente”, argumentou um rapaz.


“Ele estava correndo. Os PMs provavelmente entenderam que avistou a viatura e está saindo”, disse um segundo, defendendo que, a princípio, a abordagem foi “normal”. “Mas se fosse uma pessoa branca na bike, certeza que veriam apenas como uma pessoa andando de bike e não fugindo porque viu o carro da polícia”, rebateu uma usuária.


“O racismo está bem claro no vídeo. Um negro andando em alta velocidade de bicicleta só pode ser ladrão. Esse é o pensamento do policial. Isso é racismo? Claro que sim”, complementou um terceiro.


                         ‘Procedimento da polícia’


Outro ponto que gerou revolta com a repercussão do vídeo foi o argumento utilizado pelo policial de que o tipo de abordagem flagrada nas imagens é “procedimento” dos oficiais. Não demorou muito para os internautas resgatarem outra abordagem policial de grande repercussão – mas, desta vez, com um homem branco como alvo – e o termo “Alphaville” foi parar entre os assuntos mais comentados do Twitter.

O episódio em questão envolveu policiais de São Paulo há cerca de um ano. Ao atender uma denúncia de violência doméstica no condomínio Alphaville, os agentes foram humilhados pelo empresário Ivan Storel – alvo das acusações, que resistiu à prisão. “Você pode ser macho na periferia, mas aqui você é um bosta. Aqui é Alphaville, mano”, diz o empresário.

No vídeo, que também repercutiu muito à época, os policiais não esboçam nenhuma reação mesmo diante de xingamentos e berros do homem. “Você é um bosta. É um merda de um PM que ganha mil reais por mês, eu ganho 300 mil reais por mês. Não pisa na minha calçada, não pisa na minha rua”, diz (relembre aqui e aqui).

“Procurem os vídeos dos policiais abordando garotos brancos sem documentos na Av. Paulista e do empresário branco de Alphaville sendo abordado por suspeita de violência doméstica. Aí vocês veem a diferença”, comentou um internauta em resposta a comentários sobre a abordagem de Filipe nessa sexta.

                                    Racismo estrutural e institucional


Apesar de o caso ter dividido opiniões entre os internautas, trata-se de um episódio que ilustra bem como o racismo impregnado na estrutura social e nas instituições continua fazendo vítimas, conforme alerta Gilberto Silva, advogado especialista em crimes raciais. Ao BHAZ, ele explica que a “falsa democracia racial” que existe no Brasil é o que ajuda a impulsionar o pensamento de que esse tipo de abordagem é correta.

“Quando a gente vê pessoas não-negras em outras situações, não existe esse tipo de abordagem, porque a gente tem que lembrar da criminalização das pessoas pretas”, ressalta o advogado. “Foi incutido na mente das pessoas aquele ditado: ‘Preto parado é suspeito, correndo é ladrão’. Então, esse racismo está impregnado na sociedade, em todos os setores”, afirma.

Gilberto reforça ainda que tratamentos diferenciados – como jovem negro andando de bicicleta X empresário branco denunciado por violência doméstica – podem sim ser enquadrados como crime de racismo. “Nesse caso específico, é importante fazer uma analogia, porque, apesar de não terem proferido palavras de cunho racial, o tratamento é discriminatório”, complementa.

Mesmo assim, as instituições brasileiras ainda têm muito o que avançar neste quesito, conforme aponta o especialista. “Não está especificado na lei essas atitudes dos policiais. Mas a gente tem que lembrar também da conotação do racismo sociológico, do racismo histórico. Infelizmente a legislação ainda é falha”, diz o advogado, que ainda complementa: “Mas está mais do que na hora dos poderes reconhecerem essa situação e tipificar como crime de racismo”.

E esses problemas não aparecem apenas quando pessoas negras são abordadas nas ruas. “Esse racismo está impregnado na sociedade, em todos os setores. Seja na segurança pública, seja no Judiciário, e há sim esse tratamento diferenciado entre pessoas não-negras e pessoas negras, deixando sempre as pessoas negras sendo tratadas com extrema violência, seja ela policial, seja ela intelectual, seja ela de Justiça”, pontua Gilberto.

                                Desobediência X direito


O advogado põe em xeque ainda vários argumentos publicados nas redes sociais de que o youtuber teria “desacatado” os policiais e, por isso, acabou detido. “Ao falar de desacato e desobediência, a gente tem que lembrar que é a não observância da ordem num geral. Questionar, perguntar por que está sendo abordado, tentar se identificar, mostrando que não estava oferecendo nenhum risco para a sociedade ou para os policiais não quer dizer que há desobediência ou desacato”, explica.

“Essas abusividades nas abordagens têm sido ditas pelos policiais como um desacato para poder justificar a truculência, a violência, e na verdade não é isso, complementa Gilberto. Ainda segundo ele, mesmo se tratando de uma abordagem policial, o diálogo deve permanecer, já que, no caso do vídeo, o rapaz não estava em nenhuma situação de crime.

“Na verdade, o estado emocional da pessoa que foi acionada se altera e, em vez de ele revidar com violência, ele tentou se justificar enquanto cidadão”, reforça o especialista.

                                            Reação correta


E, ainda segundo Gilberto, a reação de Filipe ao ser abordado foi a correta. “Ele demonstra que sabe seus direitos, tenta, de certa forma, mostrar para os policiais que ele não estava em nenhum tipo de situação [criminosa]. Ele reconhece que tem, no caso de uma prisão, o direito a uma ligação”, detalha.

Gilberto reforça, no entanto, que, no caso de uma abordagem policial, “seja ela truculenta ou não, o procedimento inicial é sim identificar-se para o policial”. “Só que a gente tem que lembrar também que é quando há uma situação de perigo, que não é o caso deste rapaz. Situação de perigo é o estado de flagrância de algum crime ou alguma fuga. Em situação de perigo, não há o que se falar ou se questionar a abordagem”, explica.

Mas esse não foi o caso do rapaz. “Trata-se de um rapaz negro, que sabe das diferenças que existem no dia a dia. A reação dele é uma reação à ação policial. Certamente esse jovem ficou com medo de ser alvejado, de ser violentado e até mesmo pode ter temido pela sua vida”, ressalta o advogado.

O motivo do medo, caso não tenha ficado evidente no tom da abordagem, também é justificado pelos números. Conforme constatado pelo Mapa da Violência da ONU (Organização das Nações Unidas) e lembrado por Gilberto: a cada 23 minutos, um jovem negro morre no Brasil.

E o alerta vale para todos, especialmente os que têm mais dificuldade de enxergar: “Esse racismo estrutural existente na sociedade e os impulsos que o líder máximo do Estado brasileiro faz nesse sentido fizeram com que a sociedade brasileira perca a noção do quanto o racismo é perigoso, do quanto ele está presente”.

                                         O que diz a PM?


Procurada pelo BHAZ, a Polícia Militar de Goiás informou, por meio do Comando de Correções e Disciplina, que a Corregedoria da corporação “tomou conhecimento do vídeo” e encaminhou um “registro para apurar o fato”. A reportagem também tentou contato com Filipe, mas não obteve sucesso. Caso ele se manifeste, esta matéria será atualizada.

                                Diálogo do vídeo na íntegra:



Policial: [Inaudível] da bicicleta aí
Filipe: Por que?
Policial: Porque eu tô mandando
Filipe: Mandando? não é assim não
Como é que é? Então coloca a mão na cabeça
Você tá mandando em quem?
Coloca a mão na cabeça
Por que?
Coloca a mão na cabeça, coloca a mão na cabeça
Por que você está apontando a arma para mim?
Coloca a mão na cabeça
Policial 2: Isso é uma abordagem
Isso é uma abordagem, se você não obedecer, você vai ser preso
Olha só como é que estão me tratando
Põe a mão na cabeça, eu tô te dando uma ordem legal
O que eu estou fazendo, cara?
Coloca a mão na cabeça
Beleza cara, mas pra que me tratar desse jeito? Eu estou filmando aqui o meu rolê
Coloca a mão na cabeça
Não é assim que se trata as pessoas não, para de apontar a arma para mim
Esse é o procedimento, coloca a porra da mão na cabeça
Policial 2: Cidadão, obedeça, por gentileza
Vou tirar a camisa aqui só para mostrar pra vocês que eu não tenho nada. Não tenho nada, olha. só estou dando o meu rolê de bike
Coloca a mão na cabeça, vira de costas
Vai me algemar?
Algemar! resiste aí para você ver o que vai acontecer contigo
Me algemar por que?
Porque você não obedeceu a ordem legal que eu te dei, só por isso
Meu deus do céu, eu posso ligar para alguém ali então?
Seu celular vai com você, não tem problema nenhum não
Pelo amor de deus, eu sou trabalhador
É, eu sou vagabundo, eu tô aqui brincando
Por que que você vai fazer isso comigo como se eu fosse um vagabundo? eu não sou vagabundo não
Quem é que te chamou de vagabundo aqui?
Olha como você está apontando [a arma], me algemando…
Esse é o meu procedimento. se você tá achando ruim…
Não tem nada aqui, eu só tô filmando, eu tenho um canal no Youtube
Porra, obedece a ordem, caralho. a gente dando ordem simples pra você…

Mulher morre e 44 pessoas ficam feridas após ônibus tombar na BR-040, em Minas

 Um acidente envolvendo um ônibus de turismo deixou uma pessoa morta e outras 44 feridas em Minas Gerais na madrugada deste domingo (10). O ...