Eram seis horas da manhã desta sexta-feira (3) quando quatro policiais chegaram à casa do ex-governador José Serra (PSDB-SP), em São Paulo, num Fiat Bravo prata, para cumprir uma ordem de busca e apreensão. A denúncia foi feita pela força-tarefa da Operação Lava Jato que denunciou Serra e sua filha, Verônica Allende Serra, por lavagem de dinheiro.
Mônica, mulher de José Serra, recebeu os policiais que permaneceram na casa pouco mais de duas horas.
De acordo com a denúncia, Serra usou o cargo de governador entre 2006 e 2007 para receber da Odebrecht pagamentos indevidos em troca de benefícios relacionados às obras do Rodoanel Sul.
Para a Lava Jato, a empreiteira Odebrecht pagou milhões de reais por meio de uma rede de empresas no exterior, para que o real beneficiário dos valores não fosse detectado pelos órgãos de controle.
Na operação, a Polícia Federal cumpre sete mandados de buscas e apreensão em São Paulo e um no Rio de Janeiro.
Segundo o Ministério Público Federal, a empreiteira pagou ao ex-governador uma quantia aproximada a R$4,5 milhões entre 2006 e 2007, supostamente como dinheiro para a campanha eleitoral ao governo do Estado.
Pagou também cerca de R$23 milhões (o equivalente hoje a R$191,5 milhões) entre os anos de 2009 e 2010, para a liberação de créditos com a Dersa, estatal paulista extinta em 2019.
Quanto aos crimes atribuídos a ele até 2010, José Serra não vai responder por ter mais de 70 anos e os crimes prescreveram. Quanto a lavagem de dinheiro, não prescreveu porque o crime foi cometido até 2014. Essa transferência de dinheiro ocorreu de 2006 até 2014 e foi controlada por Verônica, sua filha.
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