quarta-feira, 15 de julho de 2020

Laudo conclui que morte da vítima foi provocada pelo airbag do carro

A Delegacia Especial de Delitos de Trânsito (DEDT) e o Instituto de Criminalística (IC) detalharam, em entrevista coletiva on-line, nesta quarta-


Foto: SSP/SE

Foto: SSP/SE


feira (15), a investigação sobre o acidente de trânsito que vitimou Plínio Lobato, na Orla de Atalaia, no dia 20 de janeiro deste ano. Ele conduzia o próprio veículo quando colidiu em outro carro. 
“A investigação teve início em razão de um acidente de trânsito, um colisão traseira em que existia uma vítima fatal. Nós iniciamos a investigação como sempre fazemos nos casos em que há falecimento em acidentes de trânsito”, citou a delegada Daniela Lima. 


 
O inquérito policial reuniu perícias feitas no local do acidente e no veículo, além da oitiva de pessoas que estavam no local do acidente. “Foram ouvidas as testemunhas presentes no local. Todas relataram que a vítima tinha uma lesão no corpo e que existia uma diferença no funcionamento dos airbags, um havia insuflado e outro não, e havia um cheiro de queimado dentro do veículo. E poucos danos externos, então a princípio, seria um acidente relativamente simples”, complementou a delegada.   

Segundo o procedimento investigativo, a vítima colidiu na traseira do carro que estava à frente. A Perícia Técnica constatou que a morte de Plínio Lobato foi decorrente da ruptura anormal do insuflador do airbag do volante, que lançou peças metálicas. 

Uma dessas peças atingiu o pescoço da vítima, causando uma lesão gravíssima, que o levou à morte. Desse modo, a investigação concluiu que a morte da vítima foi decorrente de um defeito preexistente no airbag do próprio veículo. 

Diante da conclusão, não há indícios de que a ação do condutor do outro veículo tenha contribuído para a morte da vítima, não havendo indiciamento. “O laudo do IC aponta claramente a responsabilidade da empresa fabricante do airbag”, frisou a delegada.

 

Laudo

 

O documento foi embasado em análises do local e em 163 fotos tiradas do acidente de trânsito. O perito criminal Luciano Homem, diretor do IC, detalhou os procedimentos adotados pela perícia.

 

“O que chamou atenção no local foi que era um acidente relativamente simples, mas que acabou envolvendo uma vítima vindo a óbito. O perito Luciano Tadeu, que estava de plantão, se deslocou para a ocorrência e fez o levantamento dos veículos”, mencionou.  

 

A vítima foi encontrada já sem vida, ensanguentada e com a lesão visível, no banco do motorista do próprio carro, em posição de condução do veículo. O volante estava sem a peça central, referente ao airbag. “A vítima tinha uma lesão na região do pescoço. Posteriormente, com os exames, o perito verificou que havia o rompimento de uma peça do airbag. Também foi feito um exame complementar na própria delegacia. Na vítima, foi retirada um fragmento metálico, foi feita a sobreposição das peças e foi possível verificar que o fragmento fazia parte do airbag. Durante o acionamento, a peça se rompeu e acabou atingindo a vítima que veio a óbito”, evidenciou o perito criminal.

 

No corpo da vítima, foi encontrado apenas uma única lesão, que perfurou o pescoço de Plínio Lobato. No carro, também estavam presentes manchas de sangue, que foi projeto no acidente. O laudo apontou ainda que as condições da pista eram boas no momento do acidente.

 

Não foi possível calcular a velocidade dos veículos, mas o carro em que a vítima estava apresentava velocidade de danos superior a 40km/h. O laudo do IC concluiu que morte da vítima foi provocada pelo airbag do veículo.

 


Fonte: SSP/SE

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