segunda-feira, 6 de julho de 2020

Padre protesta após ter missa interrompida por fiscalização em Conceição do Coité

                                   
Prefeito de Conceição do Coité, o petista Assis se manifestou após o padre Oldack Filho se queixar da ação de fiscalização do município, que tentou o impedir de celebrar uma missa na manhã deste domingo (5). No local havia 10 pessoas, entre a equipe da paróquia e outros cinco cidadãos que foram convidados a entrar pelo padre devido ao sol do lado de fora.

Em nota de esclarecimento, o prefeito lamentou o que denominou como "um dos mais tristes episódios da política municipal". Ele denuncia a suposta tentativa de "politizar" uma "ação administrativa" da equipe que tentava garantir o cumprimento das medidas de isolamento social "previstas em decretos municipais".

A missa, realizada na Igreja Matriz de Coité, era transmitida em live nas redes sociais e também pela rádio local. A fiscalização teria encontrado o templo de portas abertas e, ao entrar no local, verificaram a presença de outras cinco pessoas sentadas nos bancos da igreja.

O padre alega que ao perceber que cinco pessoas estavam do lado de fora do templo, desabrigados do sol, os convidou para entrar. A todo momento, segundo o líder religioso, elas mantiveram distanciamento no local com capacidade para 49 fiéis.

Ele justifica que não infringiu em nenhum momento o decreto municipal, pois não houve aglomeração. Rapidamente, nas redes sociais, uma foto do prefeito Assis com o vereador começou a circular, em uma visita a uma família na zona rural, começou a circular, na tentativa de descredibilizar a ação.

Na nota enviada à imprensa, Assis chama a atitude de "tentativa deplorável" de prejudicar o "trabalho sério" dos profissionais que buscam garantir o cumprimento das normas de distanciamento social. Ele lembrou que Conceição do Coité já tem mais de 250 contaminados com a Covid-19 e já contabilizou o primeiro óbito.

Sem entrar em detalhes sobre o caso da missa, o prefeito petista diz que enquanto o Brasil ultrapassa a marca de 64 mil mortos na pandemia, há "politiqueiros" que são "patologicamente incapazes" de se sensbilizar com a realidade e aproveitam para "obter dividendos eleitorais".

Assis diz que neste momento que antecede a eleição, é triste que muitos tentem transformar uma medida "orientada pela ciência", em um ato de politicagem partidária.

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