Um relatório do Ministério Público Federal (MPF) aponta Salvador como a cidade com o maior número de suspeitas de fraudes no programa Bolsa Família. Para a Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), o que existe não são fraudes, mas beneficiários com algum tipo de irregularidade.
Cerca de 23 mil famílias estão na lista, à espera do benefício em Salvador. Quem libera o recurso é o Ministério do Desenvolvimento Social, alvo da investigação MPF, que cruzou dados da Receita Federal, Tribunais de Contas e Eleitoral. De acordo com o órgão, em todo Brasil, entre 2013 e 2014, o Governo Federal chegou a pagar R$ 2,5 bilhões a beneficiários que fraudaram informações. Estão na lista, servidores públicos, empresários e até beneficiários que já estão mortos.
Bolsa Família (Foto: Divulgação/Semas)
Na Bahia, cerca de 1,8 milhão de famílias recebem o Bolsa Família nos 417 municípios do estado. Em Salvador, são 192.296 famílias. Tem direito ao benefício quem possui limite de renda de R$ 154 por pessoa da família. O valor varia de R$ 82 a R$ 362.
A secretária municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza, Ana Paula Matos, disse que 22 mil famílias estão com alguma irregularidade no cadastro, o que não quer dizer que são fraudadores. Elas estão sendo chamadas para regularizar a situação. No ano passado, em Salvador, 423 benefícios foram suspensos por irregularidades.
“Nós não temos nenhuma identificação de fraude de funcionário público de Salvador. O que a gente tem é um universo grande de beneficiários, que têm a cada dois anos, que comprovar a veracidade do seu cadastro e em alguns casos, eles saem do perfil. Porque um filho conseguiu um estágio, porque o esposo conseguiu um emprego, então não é fraude. É uma mudança desse sistema”, explicou Matos.
Extraída do G1
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