Em entrevista ao site Bahia Notícias, Marineide contou que recebeu 1.500 tijolos e oito sacos de cimento da prefeitura, e que com outras doações feitas por populares até chegou a levantar parte de uma casa nova. Contudo, os materiais não foram suficientes e desde então ela vive no galinheiro com o filho de 15 anos. "Lá tem muito rato, e eles já estão roendo as roupas que eu ganhei", conta.
Ela afirma que outras doze famílias estariam em situação semelhante na localidade em que vive, e que o grupo foi orientado a buscar a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Fome para que fossem repassados valores para o aluguel de moradias temporárias. Contudo, Marineide afirma que algumas dessas famílias que buscaram outro imóvel não têm recebido o valor prometido. "Ficam me mandando alugar casa, mas eu não tenho dinheiro para manter o aluguel”, diz.
A secretária de Desenvolvimento Social do município, Maria Rosimary Macêdo, afirmou que as informações sobre o repasse de valores para o aluguel “não condiz como os fatos” e que o município tem cobrado dos governos estadual e federal o repasse de verbas para o auxílio aos prejudicados pela chuva.
Ainda de acordo com a secretária, somente três famílias que solicitaram o aluguel social acabaram privadas do benefício por não apresentarem os documentos exigidos pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). “Eles estão tendo todo o apoio que um município de pequeno porte como o nosso pode dar. De imediato, foi feito um acompanhamento com assistentes sociais e psicólogos, além da doação de cestas básicas, colchões e roupas”, afirmou.
Questionada sobre a construção de novas casas para as famílias atingidas, Maria Rosimary explicou que a ação depende da autorização de verbas federais. "Eles estão exigindo a construção de casas, e isso o município não pode fazer", concluiu.
Mulher vive há 6 meses em galinheiro depois de ter sua casa destruída pela chuva |
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