Há trinta anos, a Polícia Militar da Bahia (PM-BA) começava a aceitar a admissão de mulheres na corporação. Para que a classe feminina ocupasse esse espaço, que até então era predominantemente apropriado por homens, foi preciso superar diversos preconceitos enraizados na sociedade, como o de que mulheres eram o "sexo frágil".
Para abrir as comemorações do mês das mulheres, em março, a live Café com Nelma, apresentado pela advogada Nelma Barreto, recebeu várias policiais que ocupam diversos cargos dentro da instituição — de cabo a major. O programa foi ao ar na tarde desta quarta-feira (4/3), no Aratu On.
Uma das convidadas foi a major Maria Cleydi Milanezi, primeira mulher a comandar uma Companhia Independente no estado. Ela assumiu o cargo 26 anos depois que a PM começou a admitir mulheres. "Foi uma fase muito boa da minha vida, eu esperei muito tempo, e sempre digo que esperaria mais 26 anos para comandar uma unidade. Houve apoio da tropa, de mulheres e homens, subordinados e superiores. Foi uma responsabilidade grande, mas houve muito carinho envolvido. Em momento algum eu me senti fora do processo", declarou a major.
Milanezi ainda pontuou sobre a ocupação dos espaços por mulheres. "A gente não 'toma' nada de ninguém, a gente ocupa aquele espaço que é nosso. Eu sou major de polícia: major de polícia comanda a unidade, então, eu 'tô' no meu lugar. Não 'tô' no lugar de ninguém", completou.
Além da major, várias outras mulheres que ocupam postos dentro da PM falaram sobre suas experiências dentro da corporação, bem como suas inspirações para seguir carreira dentro da polícia. Veja a live na íntegra:
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