Situação ocorre na cidade de Feira de Santana. Segundo engenheiro ambiental que produz laudo, caso pode ter sido provocado porque casa foi construída por cima de uma lagoa soterrada.
Uma dona de casa de Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros de Salvador, encontrou água fervendo “brotando” do chão, após fazer um buraco na cozinha do imóvel onde mora para tentar descobrir o motivo da temperatura elevada no local.
A casa fica no bairro da Queimadinha. Roseane Conceição mora no local há quase 35 anos e diz que a ideia de quebrar o chão foi depois de que o piso começou a esquentar com intensidade.
“Parecia uma panela de pressão. Eu fiquei desesperada, sem saber o que fazer. Eu chamei os bombeiros porque a água estava fervendo. Eu liguei para os bombeiros e quando chegaram eles falaram que não podiam fazer nada porque não era fogo”, afirmou Roseane.
Segundo um ambientalista da Secretaria Municipal de Meio Ambiente , o problema pode ter sido provocado porque a casa foi construída em cima de uma lagoa soterrada.
“A princípio, o problema que está acontecendo aqui, aconteceu em outros bairros, mas agora que fomos procurados. A casa foi comprada há mais de 30 anos e agora que apresentou o problema. As pessoas aqui aterraram a lagoa e, embaixo do aterro, ficou matéria orgânica”, disse.
“Eles teriam que ter removido, eles não removeram e cobriram. Com isso, houve a formação de uma turfa, matéria orgânica, que está se decompondo, por isso produziu o calor que esquentou o piso. Quando ela abriu ali, o que saiu foi gás metano”, afirmou João Dias, disse o ambientalista.
Ainda de acordo com ele, o buraco deve continuar aberto porque ainda corre o risco do problema persistir.
“Ainda não pode ser fechado o buraco porque corre o risco de voltar a esquentar o piso outra vez. A gente vai fazer algumas análises da água, da temperatura, para descobrir a demanda química de oxigênio para ver como está a questão dos gases. Depois disso, a gente vai produzir um laudo”, completou.
Antônio José, engenheiro da Defesa Civil da cidade, conta que o problema pode aparecer em outras casas da região.
“Se há um problema neste imóvel, com certeza, frequentemente tem problemas em todos os outros. Porque serão recorrentes, visto que isso era uma área de lagoa”, contou.
Enquanto o laudo não é concluído, Roseane Conceição afirma que vive com muito medo da situação.
“Não estou tranquila. Enquanto eles não me falarem o que está acontecendo, eu tenho medo de tapar o buraco e a temperatura voltar. Eu tenho medo de tapar e acontecer alguma coisa. Eu não sei dizer o que está acontecendo. Tenho medo, tem eu, minha filha e meu neto na casa”, contou.
G1 Bahia.
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