Logo no início do programa, Dino foi anunciado como o homem que, “em nome da tentativa de viabilizar uma frente em defesa da democracia”, ousou abrir “um canal de diálogo” com os ex-presidentes José Sarney (“seu adversário mais notório”), Lula e FHC. A âncora do Roda Viva, jornalista Daniela Lima, também o qualificou como um político “de aspirações nacionais, agora cotado para a disputa presidencial de 2022”.
O governador defendeu a construção de um “novo projeto nacional democrático e social” para o País, que incorpore duas “grandes tradições”: o “trabalhismo” dos governos Getúlio Vargas e João Goulart; e o “lulismo”, encarnado nas getões Lula e Dilma. Sobre as diferenças atuais entre os partidos de esquerda, ele acusou a imprensa de fazer uma “maximização do problema”. Segundo ele, “a direita também enfrenta dilemas, como bolsonarismo versus lavajatismo”.
Flávio Dino comparou as eleições municipais de 2020 com as eleições para o Senado em 1974 – época em que o regime militar vivia o auge do crescimento econômico. “Em 1974, houve um plebiscito em torno de questões democráticas fundamentais”, o que, na opinião de Dino, levou a uma vitória da oposição á ditadura. Ele também lembrou a “foto icônica” no segundo turno das eleições presidenciais de 1989 – Lula, Leonel Brizola e Mário Covas estavam no mesmo palanque, numa frente contra a candidatura de Fernando Collor.
Dino foi entrevistado por Mariana Schreiber (BBC News Brasil), Cristiane Agostine (Valor Econômico), Juliana Coissi (Agência Folha), Conrado Corsalette (Nexo) e João Gabriel de Lima (Estadão). Sua participação no Roda Viva foi parar no “Trending Topics” – a lista dos assuntos mais comentados – no Twitter.
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