segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Jandira Feghali defende instalação imediata da CPI da Vaza Jato

Jandira Feghali diz que regimentalmente não como voltar atrás  
Jandira Feghali diz que regimentalmente não como voltar atrás

“Chegando em Brasília para articular a instalação da CPI da Lava-Jato, que segue com 175 assinaturas. Regimentalmente não há como voltar atrás. A população espera respostas depois de tudo que foi noticiado pelo The Intercept Brasil”, diz a líder da Minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ). “Do ponto de vista regimental, a decisão é instalação imediata por força do regimento. Agora vamos tentar superar a questão política”, afirmou a parlamentar.

Pegos de supressa com o apoio de 175 parlamentares ao pedido de CPI – são necessárias 171 assinaturas -, apoiadores do ministro Moro tentaram ainda um movimento para retirar assinaturas, mas não deu tempo.

Os procedimentos formais para criar a CPI foram cumpridos antes que o número necessário de parlamentares desistentes tirasse seu apoio à investigação.

A oposição protocolou o requerimento de abertura da CPI da Lava Jato na última quinta-feira (12). Depois de uma conferência das assinaturas, a Secretaria Geral da Mesa identificou 175 apoiadores.

A bancada da bala chegou a entrar em campo para tentar esvaziar o apoio à comissão. Mas já era tarde demais – mesmo não havendo um consenso na Câmara de qual é o momento limite para um deputado tirar seu apoio a uma CPI.

Segundo a consultoria legislativa da Câmara, depois que as assinaturas são conferidas pela Secretaria Geral da Mesa, não é mais possível retirar ou acrescentar apoios. Já a Secretaria Geral informou que o regimento interno da Câmara prevê que já não é possível retirar assinaturas a partir da apresentação do requerimento. Nos dois casos, contudo, esses requisitos foram cumpridos.

Qual é o objeto de investigação

A CPI tem como objetivo “investigar a violação dos princípios constitucionais e do Estado Democrático de Direito, em razão da suposta articulação entre os Membros da Procuradoria da República no Paraná e o então Juiz Sergio Moro da 13ª Vara Federal de Curitiba, tornadas públicas pelo site The Intercept”.

Os deputados querem investigar se houve conluio entre o Ministério Público Federal (MPF) e o ex-juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça no governo Bolsonaro, “que pode ter acarretado processos interrompidos em termos de violações a garantias fundamentais e à negativa de direitos”.

A oposição também quer investigar “a existência de autoridade tentando usar a estrutura do Poder Judiciário em proveito próprio e para fins políticos”, e a eventual existência de crimes como fraude processual, prevaricação, advocacia administrativa e abuso de autoridade.


Da redação com infornações da Gazeta do Povo

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