O Ministério Público da Bahia (MP-BA) pediu à Justiça que novos presos não sejam aceitos no presídio de Barreiras, a 880 km de Salvador. A solicitação, assinada na sexta-feira (11/5) pela promotora Rita de Cássia Pires, foi protocolada depois que o órgão estadual soube que 93 internos de Ilhéus, no Sul baiano, começaram a ser transferidos. O transporte começou na madrugada desta segunda-feira (14/5) sob forte esquema de segurança.
Crédito da Foto: Verdinho Itabuna
“Pedimos a interdição parcial porque, atualmente, o presídio de Barreiras conta com apenas um servidor efetivo, que é o diretor da unidade. Ou seja, caso algum caso de indisciplina seja registrado, apenas ele pode intervir. Com esses novos internos, é bem temerário que algo aconteça”, alertou a promotora em entrevista ao Aratu Online.
Ainda na defesa do seu pedido, Rita de Cássia afirmou que os presos têm direito a ter seus familiares por perto. De acordo com ela, caso os homens fiquem no Oeste do Estado, isso não vai acontecer. “Uma das funções da reclusão é ressocializar. Caso um familiar precise viajar de Ilhéus para Barreiras vai gastar cerca de R$ 300”, disse.
O MP ficou sabendo da transferência por meio da comarca de Ilhéus. “Oficialmente, não fomos comunicados pela Secretaria da Administração Penitenciária. Pela movimentação de viaturas no presídio, houve a desconfiança. Nesta segunda eles [presos] começaram a entrar nos ônibus”, ressaltou ainda a promotora.
Outro agravante na avaliação do órgão estadual é que os internos em transferência são de uma facção criminosa. De acordo com o MP, isso poderia gerar uma possível briga na prisão.
Procurada, a assessoria de imprensa da Seap confirmou o remanejamento e detalhou que isso aconteceu por conta da interdição do presídio de Ilhéus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário