RIO - A Latam pediu recuperação judicial na madrugada desta terça-feira. O pedido inclui as empresas do grupo que operam nos EUA, Chile, Peru, Colômbia e Equador. As subsidiárias que atuam em Brasil, Argentina e Paraguai ficaram de fora.
Até a noite desta segunda-feira, executivos da companhia sinalizavam a integrantes do governo brasileiro que haveria a possibilidade de o pedido ser estendido ao Brasil, mas isso não aconteceu.
Se a recuperação judicial for aceita, a Latam deixará de pagar seus credores por um período, com objetivo de reestruturar sua dívida e operações. Mas a empresa continua voando em todos os países em que atua, inclusive naqueles onde o pedido foi protocolado na Justiça.
A Latam informou que "todas as passagens atuais e futuras, vouchers de viagem, pontos e benefícios do programa LATAM Pass, bem como políticas de flexibilidade, serão respeitados".
A companhia disse ainda que, em paralelo ao pedido de recuperação judicial, obteve aval de dois de seus principais acionistas, a família Cueto e a Qatar Airways, para obtenção de um empréstimo de até US$ 900 milhões. E que tem US$ 1,3 bilhão em mãos.
No Brasil, a empresa negocia crédito do BNDES. Há cerca de dez das, Latam e as concorrentes Azul e Gol aderiram ao socorro do banco oferecido ao setor aéreo, pelo qual cada empresa teria acesso a uma ajuda de R$ 2 bilhões.
Uma das condições é que o dinheiro seja usado em operações no Brasil. Além disso, não pode ser empregado no pagamento de credores financeiros, como detentores de títulos de dívidas ou arrendadores de aeronaves.
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