quinta-feira, 30 de abril de 2020

Segurança preso por morte de mulher durante briga em mercado paga fiança para deixar cadeia, diz advogado



O segurança preso em flagrante após uma mulher morrer atingida por um tiro durante uma briga dentro de um supermercado de Araucária, na Região Metropolitana de Curtiba, pagou fiança para deixar a cadeia, segundo o advogado dele.
O valor de R$ 10 mil foi pago na quarta-feira (29), de acordo com o advogado João Teixeira.
Até as 11h desta quinta-feira (29) o alvará de soltura não havia sido recebido pela Polícia Civil, afirmou o delegado Tiago Wladyka, e o segurança permanecia preso.

A briga aconteceu na terça-feira (28). A funcionária Sandra Ribeiro, de 45 anos, morreu vítima de um disparo que aconteceu durante uma briga entre o segurança Wilhan Soares e o empresário Danir Garbossa.
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Segundo os depoimentos colhidos pela Polícia Civil, a confusão começou após Danir se recusar a usar uma máscara ao entrar no estabelecimento.

As máscaras passaram a ser obrigatórias por decreto municipal um dia depois do caso. Na data do ocorrido, havia uma recomendação do uso, segundo a Prefeitura de Araucária.
Imagens de câmeras de monitoramento mostram que o cliente agrediu um funcionário do mercado e depois se envolveu em uma luta corporal com o segurança.
Danir e a funcionária foram atingidos por disparos durante a briga.

                                                        Investigação
Segundo o delegado Tiago Wladyka, o segurança afirmou ao ser detido que efetuou apenas um disparo, em legítima defesa, contra o empresário.
O segurança foi autuado em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Segundo o delegado, a reação em legítima defesa foi desproporcional.
O empresário que se recusou a usar a máscara foi autuado por perturbação a organização de trabalho, duas lesões corporais e violação a determinação do poder público pra evitar doenças contagiosas.
Wladyka afirmou que a polícia investiga a responsabilidade do empresário no disparo que acertou Sandra, e que ele pode ser indicado por homicídio ao final do inquérito.
Segundo o delegado, a arma estava regular, mas a Polícia Civil aguarda uma resposta da Polícia Federal sobre a permissão do uso da arma de fogo dentro do supermercado pelo vigilante.
O segurança e o cliente foram presos em flagrante.

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