A participação do presidente Jair Bolsonaro em manifestação convocada por apoiadores em favor de uma intervenção militar neste domingo (19/4) gerou revolta na oposição e alarmou lideranças de movimentos sociais, governadores e parlamentares. O governador Rui Costa usou o Twitter para criticar Bolsonaro e os "ataques contra à Constituição".
Não vamos tolerar ataques contra a Constituição nem contra as instituições estabelecidas no regime democrático. Defendemos trabalho e equilíbrio por parte de quem foi eleito para governar. Democracia sempre! Não é hora de política partidária. Momento de união para salvar vidas.
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Já Fernando Haddad, candidato do PT às eleições de 2018, afirmou que é hora de pedir o “Fora Bolsonaro”. “O verme, mais uma vez, diz a que veio. Até quando os democratas suportarão tanta provocação, sem nada fazer? O dia do fora já chegou!”, escreveu também no Twitter.
Para o governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), o presidente tenta desviar o foco do coronavírus. “Para desviar o foco de suas absurdas atitudes quanto ao coronavírus e a sua péssima gestão econômica, Bolsonaro resolve atiçar grupelhos para atacar a Constituição, as instituições e o regime democrático. Bolsonaro não sabe e não quer governar. Só quer poder e confusão”, declarou.
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, também se manifestou pelo Twitter. “É inadmissível que o Presidente da República discurse em tom de apoio para manifestantes com cartazes que pedem volta da ditadura militar e do AI-5. O apóstolo da ignorância avança em seu projeto de destruição da democracia”, escreveu.
STF
O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), também fez coro e criticou os protestos deste domingo, que pediram uma intervenção militar no Brasil e o fechamento dos poderes.
É assustador ver manifestações pela volta do regime militar, após 30 anos de democracia. Defender a Constituição e as instituições democráticas faz parte do meu papel e do meu dever. Pior do que o grito dos maus é o silêncio dos bons (Martin Luther King).
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