Pacientes que buscaram atendimento nesta terça-feira, 16, no Hospital Regional de Nossa Senhora do Socorro ficaram revoltados. Há pacientes dizendo que chegaram pela manhã na unidade e que teriam passado todo o expediente sem atendimento. O funcionário público Jefferson Santos foi à unidade, atendendo apelo de um amigo, e quando chegou no hospital ficou impressionado com o que presenciou. “Recepção cheia, com pacientes sangrando, com convulsão, febre, dor de cabeça e muita gente sem receber atendimento”, revelou, ao Portal Infonet. “Uma situação insustentável”, conceituou. Um problema que já vem sendo debatido há algum tempo pelos gestores e pelo Conselho Regional de Medicina.
Jefferson Santos permaneceu ao lado do amigo, cuja identificação foi preservada, e até o final da tarde desta terça-feira, não havia conseguido atendimento. “Ao nosso ver, isso não é plausível”, diz. “A saúde é um direito constitucional. A população não pode ser penalizada pela falta de competência do poder público do Estado”, ressaltou.
A superlotação no Hospital Regional de Nossa Senhora do Socorro foi confirmada pela superintendente, Iza Prado. Ela informa que o Estado está encontrando dificuldades para suprir as escalas de plantão, principalmente pelo dia durante a semana, por falta de profissionais. De acordo com a superintendente, os médicos só mostram interesse em trabalhar à noite ou nos fins de semana, exatamente quando as escalas já estão preenchidas.
A superintendente informou que a Secretaria de Estado da Saúde já está adotando medidas para suprir esta deficiência e buscará apoio do Ministério Público para encontrar meios de contratação de novos profissionais antes da realização do concurso público. “Diuturnamente, a gente tem conversado com a Secretaria de Estado da Saúde e a Secretaria tem feito grande esforço para fazer as contratações”, diz. “O concurso público deve ocorrer, mas não ocorre de forma tão rápida”, destaca.
Algumas medidas, segundo a superintendente, já foram adotadas, a exemplo de melhorias salariais para os profissionais que atuam na unidade. E estas alternativas, conforme a superintendente, teriam evitado o pedido de demissão de muitos médicos.
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