O governo ganhou um problema de última hora nas negociações com o chamado Centrão - grupo informal composto por PP, PR, PRB, DEM e Solidariedade - para votar a proposta da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Já havia, até o feriado, praticamente um acerto entre esses partidos e o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, para alterar pontos que não comprometessem a economia estimada pela equipe econômica.
Mas a revelação, feita pela Folha de S.Paulo, de que o governo mantém em segredo cálculos que embasaram a elaboração da proposta causou revolta entre deputados do Centrão. "Há dois meses eu estou dizendo a vocês que, por ocasião da comissão especial, quando vamos discutir o mérito [da proposta], nós
iremos decodificar e refinar os dados. Nós não estamos negando [o acesso]", prometeu nesta segunda o secretário da Previdência, Rogério Marinho.A promessa, porém, foi recebida com desconfiança por
parlamentares do bloco informal. "Eles não cumprem a palavra de lá e nós somos obrigados a cumprir de cá?", retrucou sob condição de anonimato um dos deputados que têm conversado mais de uma vez por dia com Rogério Marinho.
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