quinta-feira, 7 de março de 2019

Caça Fantasma: juíza interroga acusados de causar prejuízo à PMA


Testemunhas e réus prestam depoimento no Fórum de Aracaju (Foto: Portal Infonet)

A juíza Soraia Gonçalves de Melo, da 2ª Vara Criminal de Aracaju, começou a interrogar os réus, apontados como servidores fantasmas, que teriam recebido salários sem trabalhar na gestão do ex-prefeito João Alves Filho (DEM) na Prefeitura de Aracaju. Nesta quinta-feira, 7, a juíza ouviu quatro réus denunciados pelo Ministério Público em um dos 14 processos similares que tramitam naquela Vara Criminal. Neste processo, seis réus estão relacionados, faltando apenas o interrogatório de dois acusados.

Neste processo específico, ainda não foram interrogados a ex-secretária de Governo, Marlene Calumby, e Jair Vieira Santos, apontado como ‘fantasma’. Os 14 processos são consequência da Operação Caça Fantasma desencadeada pelo Ministério Público Estadual no ano de 2017 e em todos eles Marlene Calumby encabeça a relação dos denunciados. Já o ex-prefeito João Alves Filho, que também foi denunciado em todas as ações, está fora dos procedimentos. Em relação ao ex-prefeito João Alves Filho, os processos estão suspensos em decorrência de uma outra ação judicial com pedido de exame de sanidade mental feito pela defesa do ex-gestor, que ainda está pendente de julgamento.

Interrogatório

O interrogatório de Marlene Calumby está previsto para o mês de abril e o réu Jair Vieira Santos, que não mais reside em Sergipe, será ouvido em carta precatória na próxima segunda-feira, 11, no Fórum de Porto Velho, no Estado de Rondônia. Na audiência realizada nesta quinta-feira, cinco testemunhas apontadas pela defesa prestaram depoimento e também foram interrogados os réus: Maria Cristina dos Santos, Danielle Oliveira Santos Lima e Edson Gonçalves. A acusada Monica dos Santos Carvalho, que também seria ouvida, esteve presente, mas optou por permanecer em silêncio no interrogatório conduzido pela juíza Soraia Gonçalves.

O advogado Aurélio Belém, que atua na defesa de Marlene Calumby e de alguns réus, está convicto que os processos serão encerrados com a absolvição. “Não por falta de provas, mas por ausência de crime”, enaltece o advogado. Marlene Calumby encabeça o rol dos réus em todos os processos, apontada como responsável pelas contratações. A defesa alega que as nomeações são de responsabilidade do ex-prefeito João Filho e assegurou que a grande maioria dos servidores apontados como ‘fantasmas’ efetivamente trabalhou como assessores, apesar de não ter sido mensurada a frequência.

Os processos continuam em tramitação na 2ª Vara Criminal.

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