sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Polícia investiga se grávida morta em ritual satânico foi envenenada

Atyla Arruda Barbosa, de 20 anos, foi achada morta em praia de Mongaguá, SP
A polícia investiga se a jovem Atyla Arruda Barbosa, 20 anos, foi envenenada antes de ser jogada no mar - ela foi achada morta no final de julho em uma praia de Mongaguá, no litoral de São Paulo. Segundo a investigação, ela foi morta durante um ritual satânico feito pelo casal Sergio Ricardo Re da Mota, 47 anos, e Simone Melo Koszegi, 41, que estão presos pelo crime. As informações são do G1.
A primeira possibilidade trabalhada pela polícia era de que Atyla sofreu um afogamento acidental. Contudo, quando Ricardo e Simone, patrões da jovem, tentaram sacar um seguro de vida no valor de R$ 260 mil no nome dela, a empresa acionou a polícia. As investigações então mostraram que Atyla estava grávida de três meses e foi morta de maneira proposital, depois que a carência do seguro passou, para que o casal ficasse com a indenização. Ela vivia na casa de Simone e Sergio, em uma casa vizinha - viajou para lá por conta da promessa de um emprego na transportadora do casal.
"Eles foram indiciados por associação criminosa, devido à emissão das apólices de seguros encontradas", explica o delegado Ruy de Matos Pereira, que está à frente do caso. O delegado diz que havia pelo menos seis apólices no nome da vítima. "Além disso, havia uma conta bancária e até mesmo uma empresa em nome dela", diz. O casal foi preso e a polícia já pediu a renovação da prisão.
Agora, a polícia espera mais laudos do Instituto Médico Legal (IML), inclusive um que poderá confirmar se a vítima foi envenenada. Na época da morte, um laudo preliminar encontrou uma substância "rosada e de odor incomum" na boca e estômago de Atyla. Ela pode ter sido envenenada antes de ser atirada na água.
Casal acusado de matar jovem para receber seguro de R$ 260 mil segue preso.
Satanismo
Simone e Sergio foram presos em agosto. Ela disse à polícia que Atyla havia sido abandonada pelos pais e por isso ela, que seria madrinha da vítima, ajudou na criação da jovem. A mãe de Atyla, Selmair Arruda de Moraes, 44 anos, procurou a polícia e desmentiu a versão. Afirmou que a filha saiu de casa pelo emprego, mas mantinha contato com ela constantemente, tanto que estranhou quando ela parou de ligar. Disse também que eles não eram padrinhos de Atyla. A mãe foi até a cidade procurando a filha depois de não conseguir mais contato com ela e descobriu que ela estava morta.
Perfis no Facebook indicam que o casal tinha ligação com rituais de magia negra. Eles faziam pactos de adoração a Lúcifer e posavam de preto com velas, às vezes dentro de cemitérios. Também mantinham altares em casa para adorar Satanás.
O delegado diz que Atyla começou a partir da seita e há suspeita de que foi morta depois de se recusar a participar de um ritual. "Há conversas em que ela dizia que queria desistir disso tudo, mas que se isso acontecesse, teria que pagar com a vida", afirma.

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