Bill Cosby, comediante americano de 81 anos, foi condenado a uma pena de três a dez anos preso por agressões sexuais. Ele deverá cumprir sua sentença em uma prisão estadual.
O anúncio foi feito pelo juiz Steven O'Neill nesta terça-feira (25), no Tribunal do Condado de Montgomery, no estado americano da Pensilvânia. Cosby saiu de lá algemado.
Ele era acusado de drogar e agredir sexualmente Andrea Constand, ex-funcionária da Universidade de Temple, onde ele estudou. O crime foi há 14 anos, na casa do ator.
Defesa quer prisão Domiciliar
Os promotores pediram uma sentença de cinco a dez anos de prisão. Mas o advogado de defesa do ator pediu prisão domiciliar e deve recorrer da sentença. Ele usou como argumentos a idade avançada de Cosby e o fato de ele estar quase cego.
O juiz disse na terça-feira que Bill Cosby é um "predador sexual violento" e que ele vai ter que registrar seu nome em uma lista de criminosos sexuais. Cosby terá que comparecer mensalmente a uma sessão de aconselhamento para o resto da vida.
"Ninguém está acima da lei, ninguém deve ser tratado de forma diferente independentemente de quem foi ou de quem é", disse o juiz. "Este crime é sério. O dia chegou, sua hora chegou".
Andrew Wyatt, porta-voz de Cosby, falou sobre a condenação: "Eles perseguiram Jesus e olha o que aconteceu. Não estou dizendo que Sr. Cosby seja Jesus, mas sabemos o que este país tem feito aos negros há séculos".
Entenda o caso
Cosby, ícone da cultura pop dos EUA, foi considerado culpado no dia 26 de abril por três crimes de agressão sexual contra Andrea Constand.
Procuradores e advogados de defesa concordaram em transformar as três acusações em apenas uma para simplificação da sentença.
Os crimes pelos quais o ator foi declarado culpado são penetração sem consentimento, penetração enquanto a vítima está inconsciente e penetração após o fornecimento de entorpecente.
Além de Andrea, mais de 60 mulheres também acusaram Bill Cosby de abusos sexuais entre os anos 1960 e 2000.
Bill Cosby posa para sua 'mugshot', a foto oficial de sua prisão — Foto: Divulgação/Polícia da Pensilvânia
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