Familiares de Andreia Alves do Amparo denunciaram o atendimento médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro de Paripe, em Salvador. A dona de casa de 42 anos morreu no dia 22 de agosto vítima de pneumonia após receber alta da unidade de saúde com diagnóstico de Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Segundo Elba Pereira, cunhada da paciente, Andrea deu entrada na UPA na manhã do dia 21 de agosto com falta de ar e recebeu alta naquela noite. Ela contou que quando o filho de Andrea foi buscá-la na unidade, percebeu que a mãe estava bastante sonolenta e questionou o motivo à equipe médica.
"Eles disseram que ela tinha apresentado uma melhora durante o dia e que não tinha necessidade de permanecer lá. Perguntamos sobre os exames e falaram que todos estavam normais. Além disso, informaram que ela havia tomado um Diazepam e por isso estava daquela forma, mas que poderia ir para casa", relatou.
Ainda de acordo com Elba, no dia seguinte, Andrea foi encontrada morta na cama onde dormia. "Ela chegou ainda bastante sonolenta em casa e foi dormir. Quando o filho dela acordou, percebeu que ela estava morta. Após isso, chamamos o IML para fazer a remoção do corpo", explicou a cunhada de Andrea, que diz ter ficado surpresa após receber o laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT).
“Ficamos sem entender nada quando o pessoal do DPT informou que, na verdade, ela tinha morrido em decorrência de complicações de uma pneumonia e que não tinha relação alguma com AVC informado na UPA”, completou. Em nota, a pasta confirmou que a paciente não recebeu o diagnóstico de pneumonia, como apontou o laudo do DPT. Ainda segundo a SMS, a dona de casa foi liberada após apresentar uma melhora no quadro de saúde.
O órgão também ressaltou que a família pode comparecer à unidade de saúde para buscar informações junto a coordenação médica e até mesmo registrar uma queixa que se resulte na abertura de um processo interno de apuração. Confira a nota na íntegra:
“A Secretaria Municipal da Saúde esclarece que durante o atendimento prestado na UPA Paripe foram adotados todos os procedimentos necessários como avaliação médica, medicação e realização de exames. A partir do resultado dos mesmos, que por ética médica não podem ser divulgados à imprensa, foram realizados procedimentos para reverter o quadro inicialmente apresentado, sem relação com pneumonia. A paciente evoluiu durante o dia com melhora e foi liberada. A família pode comparecer à unidade de saúde para buscar informações junto a coordenação médica e até mesmo registrar uma queixa que se resulte na abertura de um processo interno de apuração, bem como dirigir-se ao Conselho Regional de Medicina e protocolar a queixa. Este órgão fiscalizador terá acesso a todo prontuário da paciente e informações sobre a conduta adotada pelos profissionais da UPA Paripe. Estamos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos”.
Fonte: Bocão News*
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