O adolescente de 16 anos que é suspeito de matar a 1º sargento da Polícia Militar (PM) Eliane Costa da Silva, 46, no último dia 31, não revelou à Polícia Civil onde conseguiu o revólver de calibre .32 utilizado na infração.
Válter Simas, da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente, contou que o jovem prestou depoimento e limitou-se a relatar apenas o fato em si, sem falar sobre a origem da arma de fogo. “Efetuou cinco disparos e se evadiu. O calibre será confirmado pela perícia. Após ser divulgado que se tratava de uma PM, ele quis se livrar da arma e do celular, para não saberem que ele era autor. Pegou o celular e o revólver e jogou no rio”.
Após a consumação do ato infracional análogo a latrocínio, o adolescente fugiu sozinho para o bairro 17 de Março, apesar de viver no São Conrado com a família. A polícia montou um cerco e conseguiu localizá-lo sozinho. No momento, está internado na Unidade Socioeducativa de Internação Provisória (Usip).
Durante a conversa com o delegado, confessou o crime. “Saiu de casa com o intuito de subtrair bens de transeuntes. Chegaram várias denúncias de que já realizava outros atos. Um indicativo de que não era a primeira vez que cometeu infrações é o uso de arma de fogo. Geralmente se começa com pequenos furtos, que vão evoluindo com uso de armas brancas como canivetes, facas, simulacros de arma de fogo, e no final, já ‘experiente’, começa a fazer com uso de armamento. Ele narrou tudo de forma muito fria na frente de sua mãe, não demonstrou qualquer arrependimento”, detalhou Simas.
A internação provisória dura 45 dias. Foi feita uma representação pelo Ministério Público para um processo socioeducativo, e responderá conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Se for condenado, receberá um mandado de internação definitiva, pelo prazo estabelecido pelo poder judiciário.
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