sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Delegado dá dicas de como evitar golpes nos meios eletrônicos

Nenhuma instituição financeira faz atualização ou complementação de dados por telefone ou por meio eletrônico, diz delegado
Nenhuma instituição financeira faz atualização ou complementação de dados por telefone ou por meio eletrônico, diz delegado


A comodidade de atualizar dados bancários de casa, seja por ligação telefônica ou pelo smartphone é um dos lados bom da modernidade, contudo, é contando com essas facilidades que os golpistas se passam por representantes das instituições bancárias e comentem as fraudes. Um dos métodos é coletar os dados pessoais e em boa parte dos casos, a própria vítima fornece as informações, sem sequer imaginar que está colaborando com o criminoso.
“As pessoas precisam saber que nenhuma instituição financeira faz atualização ou complementação de dados por telefone ou por meio eletrônico”, afirma o coordenador do Grupo de Repressão aos Crimes por Meios Eletrônicos (GME), delegado João Cavadas. Ele lembra ainda a importância de evitar repassar dados pessoais por telefone para desconhecidos e ter cuidado com cópias de documentos.
De acordo com o delegado, com dados pessoais, como nome completo, RG, CPF e data de nascimento, é possível fazer contratação de serviços sem a necessidade de apresentação de documentos originais, o que facilita a ação dos bandidos. Por isso, ele orienta bastante cautela na divulgação dessas informações, principalmente nas redes sociais. “Quanto mais conhecimento uma pessoa má intencionada tem ao seu dispor, maior será a facilidade desta se passar pela vítima”, explica.
A promessa de dinheiro fácil também costuma atrair boa parte das vítimas, diz o especialista. Promoções mirabolantes e e-mails com destinatários desconhecidos também devem ser ignorados. Para Cavadas, as fraudes cometidas atualmente são as mesmas aplicadas há anos, mudando apenas a plataforma utilizada.
“São crimes aplicados, na maioria das vezes, aproveitando-se da cobiça das pessoas em ser beneficiadas com dinheiro, produtos, serviços ou, até mesmo, comodidade”, continua, citando o famoso 'conto do paco', como ficou conhecida a ação de bandidos que oferecem 'recompensas' em troca de uma ação simulada por eles, resultando no furto da vítima. Outro golpe comum hoje realizado com a ajuda de meios digitais é a venda de produtos a preços muito abaixo do mercado, quando, na verdade, eles nem existem.

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