O delegado Sérgio Vasconcelos, titular da Delegacia Territorial de Riachão do Jacuípe, na Bahia, informou haver dois suspeitos de cometer o assassinato da professora Ienata Pedreira Rios, 35 anos, morta com 23 facadas na casa onde morava, no último domingo, 3. O corpo dela foi enterrado na manhã desta terça, 5, no cemitério municipal de Pé de Serra, onde os familiares viviam.
Segundo o delegado, apesar da suspeita inicial de latrocínio (roubo com resultado morte), as evidências descobertas até então apontam que a autoria do crime era bem próxima à professora.
"Estamos ouvindo pessoas que conviviam com ela. Fizemos perícias no local e coletamos todas as informações que nos deem elementos da autoria, além da confirmação se houve ou não violência sexual. Prontos os laudos periciais, daremos uma resposta à sociedade o mais rápido possível", afirmou Vasconcelos. Embora mencione suspeitos, ele diz não descartar outras hipóteses.
Noivo será examinado - No momento do depoimento, o noivo de Ienata, Cássio Fabrício de Almeida, 30, apresentava um ferimento do lado direito da testa. Questionado pelo delegado Sérgio Vasconcelos sobre a lesão, ele respondeu não ter reparado. "Demos uma guia para ele fazer exame de corpo de delito", explicou o titular. Eles estavam juntos há três anos e costumavam se ver nos finais de semana e feriados.
Na ocasião, o noivo, que mora em Dias D'Ávila, justificou não tê-la encontrado no fim de semana. A última tentativa de contato com ela teria sido por meio do WhatsApp, na noite de sábado, sem resposta.
Ienata foi enterrada na manhã desta terça-feira, na cidade de Pé de Serra, interior baiano. Ela foi morta a facadas na casa onde morava, no domingo (3), em Riachão do Jacuípe.
Uma amiga da professora contou durante o enterro que Ienata tinha medo da violência na cidade e por isso pagava uma empresa que fazia a segurança dela do trabalho para casa. "Não era um segurança particular, era uma pessoa que presta serviços para uma empresa de segurança, que quando a gente precisa, ele acompanha para que a gente não volte para casa sozinha”, relatou Iudiane Oliveira.
Luto - Na segunda-feira (4), a Prefeitura de Riachão do Jacuípe anunciou que as escolas públicas da cidade cancelaram as atividades em sinal de luto após a morte de Ienata. O Colégio Projeção, um dos lugares onde Ienata trabalhava, pertence à rede particular de ensino e também suspendeu as atividades na segunda-feira. Ienata era professora de inglês e já lecionava há muitos anos no colégio.
A professora também ensinava na Cooperativa Educacional Pé de Serra (COOPEPS), que fica a cerca de 30 quilômetros de Riachão do Jacuípe. As atividades da instituição também foram suspensas na segunda.
Pegadas de sangue foram encontradas no muro e dentro da casa onde o crime aconteceu |
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